segunda-feira, 3 de julho de 2017

Jesus no Bar ou A Lenda da Chegada de Jesus na Bahia

Estavam um carioca, um paulista e um baiano no boteco do Mercado Modelo, quando o carioca diz aos outros:
— Mermão, esse cara que entrou aí é igual a Jesus Cristo.
— Tás brincando! – dizem os outros.
— Tô te falando! A barba, a túnica, o olhar...
O carioca levanta-se, dirige-se ao homem e pergunta:
— Mermão, digo, Senhor, tu é Jesus Cristo, não é verdade?
— Eu? Que idéia!
— Eu acho que sim. Aí, tu é Jesus Cristo!
— Já disse que não! Mas fale mais baixo.
— Pô, eu sei que tu é Jesus Cristo.
E tanto insiste, que o homem lhe diz baixinho:
— Sou efetivamente Jesus Cristo, mas fale baixo e não diga a ninguém, senão isto aqui vira um pandemônio.
— Mas eu tenho uma lesão no joelho desde pequeno. Me cura aí, brother, digo, Senhor!
— Milagres não, pelo amor de Papai. Tu vais contar aos teus amigos, e eu passo a tarde fazendo milagres.
O carioca tanto insiste, que Jesus Cristo põe a mão sobre o joelho dele e o cura.
— Valeu, viu! Ficarei eternamente grato!
— Sim, sim, mas não grite! Vá embora e não conte a ninguém.
Logo em seguida chega o paulista.
— Aí, ô meu! O meu amigo disse-me que és Jesus Cristo, e que o curaste. Tenho um olho de vidro, cura-me também!
— Não sou Jesus Cristo! Mas fale baixo.
O paulista tanto insistiu, que Jesus Cristo passou-lhe a mão pelos olhos e curou-o.
— Ô lôco, meu! Obrigado mesmo!
— Agora vá embora e não conte a ninguém.
Mas Jesus Cristo bem o viu contando a história aos outros dois, e ficou à espera de ver o baiano ir ter com ele. O tempo foi passando, e nada. Mordido pela curiosidade, dirigiu-se à mesa dos três amigos, e pondo a mão sobre o ombro do baiano, perguntou:
— E tu, não queres que...
O baiano levanta-se de um salto, afastando-se dele:
— Aê, meu rei! Tira as mãozinhas de mim, que eu ainda tenho seis meses de licença médica!
(www.osvigaristas.com.br)

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sábado, 1 de julho de 2017

Pobre Brasil

O momento político que o país está vivendo em muito pode lembrar aquele vivido em agosto de 1954 quando o país atolado em crises políticas e, com as graves denúncias de corrupção que cercavam o governo do presidente Getúlio Vargas, aonde as correntes políticas da época lutavam pelo butim que sobraria caso o governo se deteriorasse a ponto de ser defenestrado do poder.

O presidente Getúlio de tanto apanhar e ver que seus mais próximos aliados, e parentes, surrupiavam o dinheiro público só viu uma saída, qual seja não a renúncia mas a saída definitiva para entrar na história.

Qual a diferença do discurso político de hoje com o que escreveu Getúlio no primeiro parágrafo que abria a carta testamento:

“Mais uma vez, as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se e novamente se desencadeiam sobre mim. Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam, e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes.”

Com isto não queremos, de forma alguma dizer que o presidente Temer, tenha que ter o mesmo posicionamento, mas que seria de bom tom, que definissem uma estratégica saída e, se possível, pudesse também entrar para a história, mas parece que falta a ele, o presidente Temer, a grandeza para entender tudo o que de mal está a fazer para o Brasil.

Hoje vemos que os políticos em nada mudaram desde aquele longínquo agosto de 1954, pois continuam como abutres na carniça esperando as sobras para poderem se alimentar e, quem sabe, usufruir um pouco mais do poder.

Hoje vemos que os partidos, da esquerda, que foram da base que manteve durante treze anos o PT no poder, continuam a achar que nada de mal fizeram ao país e esperam que as sobras deste desgoverno possam cair em suas mãos para continuarem a se locupletar, e sem nenhum escrúpulo, manterem toda a situação que perpetraram ao longo daqueles anos de poder.

Esta análise serve também para os partidos, e políticos, que hoje são da base deste desgoverno, principalmente para o PMDB e para o PSDB que atolados estão nas denúncias de corrupção e continuam a achar que podem continuar a exercer seus mandatos, que democraticamente lhes foram concedidos pelo voto popular. Que triste país este nosso Brasil, pois ainda vamos ter que manter estes políticos menores no exercício destes mandatos até que nova eleição possa ser realizada e, quem sabe, o povo enfim possa eleger novos deputados e senadores que façam política de forma limpa e honesta.

Não é fácil para quem está na sua labuta diária tendo que trabalhar quatro/cinco meses por ano para pagar impostos que não retornam em benefícios para o contribuinte, que afinal sustenta toda esta estrutura de poder, tendo que pagar para colocar seus filhos em boas escolas, ter que pagar planos de saúde porque o estado, que deveria lhes dar um mínimo de assistência não o faz, enfim tendo que pagar salários e benefícios absurdos aos políticos – em todos os níveis, de vereadores a senadores, sem que nada de retorno receba. Pobres contribuintes que são tratados pelos governantes como simples sustentadores das suas benesses e não como patronos reais que são do estado.


É difícil acreditar que alguma coisa possa mudar em nosso país no curto e, até, no longo prazo pois as próximas gerações já estão contaminadas e, infelizmente, não vemos como possa ser mudado este triste cenário.

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