Hoje, 31/03/2020, vendo um documentário na tv sobre a década dos
anos 1960, mais precisamente em 1964, mesmo período do golpe militar no Brasil,
vi o esforço feito pelo presidente americano à época, LBJ, em minorar a situação de pobreza do povo
americano, principalmente dos afrodescendentes no interior
visto que o americano destas regiões, com pouco estudo, não estava apto a
trabalhar nas indústrias que estavam a crescer mesmo porque eram dado ao trabalho manual na lavoura e nas minas. A média de remuneração destes
americanos era da ordem de U$ 100, o que não dava para sustentar as famílias.
O presidente LBJ iniciou um programa de diminuição
da pobreza injetando alguns bilhões de dólares em programas educacionais,
treinamento e melhoria das moradias e das cidades interioranas. O que estou querendo, ao escrever isto, é fazer uma
comparação com tudo o que foi feito em nosso país também naquele período.
Nosso país vinha de governos "democráticos" e
corruptos - vamos nos lembrar do último governo Vargas que culminou com seu suicídio,
para logo em seguida termos um rasgo democrático com Juscelino Kubitschek e em
seguida Jânio Quadros; aí a coisa pegou.
Como sabemos, a história nos conta, Jânio renuncia
e assume o vice João Goulart; deu no que deu, convulsão social que acabou no
golpe militar de 1964. Aí começa o paralelo que eu queria fazer com os
acontecimentos do governo do presidente americano LBJ.
Os anos iniciais dos governos militares foram bons
economicamente falando, com o país conhecendo décadas (duas) de crescimento econômico
com taxas de dois dígitos, redução de inflação, redução de pobreza e
crescimento escolar com forte trabalho feito para reduzir o analfabetismo.
Passado
o período dos militares no poder entramos em governos democraticamente eleitos
e ficamos durante 22 anos com governos ditos esquerdistas, que em princípio
valorizavam o social com programas assistencialistas e de distribuição de
renda, programas sociais para moradia dos pobres, aumento das vagas para
universidades (questionável) enfim, programas bem parecidos visto que LBJ era
democrata (partido com visão mais socialista) injetando bilhões de reais nestes
programas sociais; aí vem a pergunta?
-
Porque não deu certo?
Acho
que posso fazer uma digressão neste momento: lá não teve corrupção!
As
escolas funcionavam perfeitamente, ricos e pobres, estudavam em colégios com o
estado dando integral apoio, os programas foram cumpridos e melhoraram
sensivelmente as condições sociais, de renda e de educação daqueles que estavam
à margem do processo em andamento, os objetivos foram traçados e perseguidos
para que fossem cumpridos, enfim, mesmo sendo capitalista o regime, o estado, fez
cumprir aquilo que se propôs; infelizmente não é que se fez, e se faz, em nosso
país.
Aqui,
sob a bandeira da esquerda, os programas de inclusão social eram de ótimo nível,
os programas de distribuição de renda bons, os programas de escolas técnicas excelentes,
mas as intenções de melhora ficaram só no papel, na retórica dos políticos que
trabalhavam em benefício próprio. No que diz respeito à educação escolar básica,
pilar de todos os programas da esquerda em todo o mundo – vejamos aí os
exemplos de Cuba, da Rússia e de outros países (não estou considerando as
sandices dos governantes destes países no tocante aos seus métodos ditatoriais
e da não possibilidade de se expressarem visto que comunismo não aceita debate, falo somente no aspecto de escolaridade)
percebemos que o valor maior para todos os políticos brasileiros, sejam de que matiz
político for, é o de se beneficiar, ao custo que for para a sociedade, e cuidar
dos seus mais danosos interesses pessoais financeiros e de poder.
Infelizmente
esta é a nossa diferença para outros países e culturas, aqui os interesses
pessoais estão sempre à frente dos interesses do povo.
Quem
sabe um dia acharemos quem nos lidere para podermos cumprir o desígnio de que
somos o país do futuro.
Quem
sabe?
@Borba1948