sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

O vergonhoso fundo eleitoral

 É ou não é para nos indignarmos com estes políticos brasileiros?

É um disparate termos que bancar R$ 5,7 bilhões de reais para estes sanguessugas da sociedade enquanto milhões de brasileiros chafurdam na miséria e na pobreza.

De que são feitos estes homens? Qual a matéria moral que eles têm?

É muito triste vermos que, aparentemente, não existe solução democrática para estes senhores, para estes biltres, canalhas mesmo, que estão no exercício do mandato, legítimo é claro, mas só lá estão para se locupletarem, para se beneficiar e receber polpudos benefício por eles, mesmos criados.

Até quando, e onde, vamos tolerar esta nossa indignação?

O que fazer para demonstrar a estes senhores que lá estão representando o povo, e não em seu benefício próprio?

Já é demais termos que bancar suas mordomias, seus tantos assessores que nada fazem para tentar melhorar a vida dos brasileiros; é muito difícil entender que os que lá estão, deputados e senadores, só se preocupam em pilhar o estado para se manter com tantas regalias enquanto a grande maioria do povo brasileiro passa necessidades primárias, pois até alimentação lhes falta.

Quão triste para nós é ver esta sem-vergonhice, esta pilhagem dos recursos públicos sem que se preocupem com a educação, com a saúde e com a melhora da renda do povo para que ele, o povo, possa suprir do mínimo necessário para sobreviver, isto mesmo, sobreviver e não ainda viver.

É muito triste vermos, como aconteceu esta semana, baderneiros assombrando as empresas de supermercado para que lhes dessem alimentos, praticamente exigindo, e mostrando força para uma possível pilhagem; aconteceram casos em que os baderneiros até conseguiram que uma loja, aqui de Salvador, lhes dessem cestas básicas para evitar mais transtornos.

Ao ver uma resolução dessa no congresso nos envergonhamos tanto que até, em dado momento, perguntamos a nós mesmos se não é possível haver solução para tanto despropósito; estes senhores já perderam definitivamente a vergonha, o pudor, a e patifaria se impõe e para eles existe não existe o correto mas sim a leviandade, o despropósito de fazer a coisa certa e justa.

Nosso presidente ao vetar o aumento do fundo eleitoral parece que jogou para a platéia porque não fechou a questão da forma que seria mais honesta e clara, mas na escuridão das trevas liberou seus apaniguados do Centrão, esta corja de maus elementos travestidos de legisladores, para votarem de acordo com os seus (deles) interesses.

É inadmissível termos, todos os brasileiros, que bancar estes fundos, eleitoral e partidário, para que estes senhores façam a farra com nosso dinheiro, recursos estes que faltam para aqueles despossuídos que com a pandemia perderam seus empregos, seus ganhos e vivem a amargar a necessidade de se humilhar para pedir comida e trabalho.

Que país é esse?

Triste essa pergunta mas aparentemente não nos resta outra alternativa senão a de confirmarmos, sempre, que políticos em nosso país, sejam eles de que matiz política forem, de esquerda ou de direita, serão sempre, com algumas pequeníssimas e nobres exceções, e junto com seus partidos, formadores de quadrilhas prontas a espoliar as riquezas produzidas em nosso país.

Temos ministros que não se envergonham de, em seu próprio benefício, emitir decisões que os favoreçam monetariamente e sem a menor vergonha o fazem e, ainda assim, quando chamados à responsabilidade, afirmam sem o menor pudor não saber qual o valor aplicado e quanto se beneficiou.

Pobre Brasil! Pobres brasileiros!

Vivemos em um país que há muito tempo é governado por pessoas que nunca se encontraram, embora promessas tenham sido feitas a todos os eleitores em larga escala, mas tudo perdido nas palavras ao vento; os que governam não sabem que rumo tomar, a incompetência se impôs de tal maneira que aparentemente não temos nenhuma possibilidade de sair deste círculo viciado e nefasto.

Até quando?

Mais uma pergunta para a qual ainda não temos resposta e, consequentemente, nenhuma possibilidade de que algum dos candidatos à presidência nos dê a menor esperança de que governará sem tergiversar no que diz respeito a ética e ao bem estar do povo.

Sabemos que é difícil mas temos que ter a esperança de que possamos eleger quem nos ofereça esta possibilidade mesmo sabendo que as pesquisas nos informam que, aparentemente, teremos mais dos mesmos incompetentes que já tiveram a oportunidade para fazer bons governos mas só fizeram piorar; entre o Réu e o Idiota quem vencerá para nosso desespero?

Pobre Brasil, pobre povo brasileiro!

@Borba1948

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

O Presidente culto

Às vezes me surpreendo com as falas e atitudes do nosso Presidente Bolsonaro, que nos tenta demonstrar ser um homem de vasta cultura apesar de, em vários momentos nos mostrar o contrário, talvez até para tentar se igualar à grande massa inculta do povo brasileiro.

Ultimamente tenho visto, e ouvido, suas falas que nos demonstram, inclusive com as atitudes que seu nível de leitura é impressionante principalmente dos clássicos da literatura mundial distópica. Tenho certeza de que um dos autores preferidos, de cabeceira, do nosso PR Bolsonaro é o grande George Orwell com seus livros “A Revolução dos Bichos”, principalmente, e “1984”, senão vejamos:

Ele primeiro se apresentou como o um grande aluno do porco chefe, o Major (quem sabe poderia ter sido o Cel. Brilhante Ustra), para depois se transformar no Napoleão, aquele porco que assumiu a liderança política na marra, se alinhou com o Bola de Neve – talvez fosse o Sérgio Moro, a cabeça pensante para levar o governo a um destino sem corrupção, mas ao mesmo tempo tinha como companheiros tanto o Moisés – quem sabe poderia ser o Carlos Bolsonaro, aquele corvo que voava e não gostava de trabalhar, principalmente na função de vereador no RJ para o qual foi eleito e o chefe da matilha de cães ferozes, quem sabe poderíamos aqui nomear como sendo o pitbull preferido dele, o Flávio Bolsonaro, que a todo momento olha para os que são contra o chefe e rosna ameaçadoramente para qualquer um que se coloque contra o que determinou o presidente.

Não podemos esquecer que Napoleão, assim que pode, e para que não tivesse qualquer sombra a lhe importunar, deflagrou uma perseguição de forma acintosa e voraz, ao seu melhor companheiro, aquele que o ajudou a se eleger com suas atitudes claras contra a corrupção, aquele que dava ao seu pseudo projeto de governo credibilidade, o seu até então amigo Bola de Neve, incentivando aos seus seguidores que o tratassem de forma ignominiosa, humilhante mesmo. Pobre Bola de Neve, teve que sair correndo, para que o povo que seguia o presidente não o perseguisse até o ponto de chutar seu traseiro da forma como queria Napoleão, ops, o presidente.

Posto isso, começou ele a se portar como o “dono” do pedaço, passou a se auto elogiar como o único capaz de levar os destinos da nação para um patamar tão elevado que nem ele, Napoleão, conseguiu alcançar, mesmo porque a pandemia chegou, ele se perdeu junto com seu ministro da economia, que bem se parece com personagem Garganta da história da Granja dos Bichos, o desemprego aumentou, o número de brasileiros passando necessidades exponenciou e ele agora sofre todas agruras das decisões erráticas tomadas por ele e seus ministros, tanto na economia quanto na condução da política da saúde para acabar, ou minimizar a pandemia.

Não satisfeito, assim que pode se auto condecorou, isso mesmo, tal qual o Napoleão da história, com a medalha da Ordem Nacional do Mérito Científico, na classe de Grã-Cruz, a mais alta da comenda honorífica; a auto-homenagem foi oficializada por decreto presidencial. Pronto, fez igualzinho o que estava escrito no seu livro de cabeceira, sem se importar com o que pensavam seus liderados, mesmo que não concordassem.

Como tudo não pode acabar de forma rápida, o nosso Napoleão da história, ao se achar o mentor de toda a política resolveu, então, se tornar único, começou a impor seus títeres, aliás como já fizera um outro presidente, que também tentou ser o chefe da Granja dos Bichos, o Réu Luis Inácio, ao indicar para a suprema corte incapazes, mas leais, subservientes ministros marionetes. Assim que pode indicou para nomeação, com a ajuda dos subservientes senadores, seu primeiro títere, para em seguida indicar seu mais terrivelmente evangélico ministro, com o total apoio da casta de senadores. Estava formado o quadro para tentar gerir a nova República dos Bichos, da qual fazemos parte como simples mortais e pagadores de impostos que sustentam as mordomias daqueles senhores que teimam em achar que somos, simplesmente, massa de manobra.

É claro que tudo isto que escrevi é uma brincadeira com as atitudes que o nosso PR Bolsonaro nos brinda, algumas delas distópicas mesmo, mas se olharmos com profundidade podemos ver que se o nosso presidente um dia achou que poderia vir a ser o timoneiro a levar este barco a um destino melhor, nos está levando, na realidade, a um naufrágio colossal.

O livro ao qual me referi, A Revolução dos Bichos, escrito que foi em 1945 pelo George Orwell, fazia uma sátira ao comunismo da então União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, comandada com mão de ferro pelo ditador Stalin, que ele, Orwell, um socialista de carteirinha que lutou na guerra civil espanhola contra as forças republicanas, quiçá fascistas de Franco, se rendeu a realidade que os comunistas não queriam realmente democracia e sim ditadura comandada por quem se dizia socialista.

@Borba1948