Lembram daquele programa humorístico, que o Jô Soares apresentava, Faça Humor Não Faça A Guerra? Tinha lá um personagem que usava o seguinte bordão; "Não precisa explicar, eu só queria entender!". Como é tão atual!
Esta senhora do vídeo publicado na internet pelo site Poder 360, Elizete Ramos, subprocuradora da república, na reunião, fica a reclamar que teve dificuldade para ir para a sessão do CSMPF (Conselho Superior do Ministério Público Federal) porque o serviço de transporte da PGR não funciona e ela teve que pegar um UBER.
Não sei o posicionamento político dela, na verdade não me interessa saber, mas o que me interessa ver é que tenha o matiz político que tiver suas aspirações são as mesmas, ou seja, o estado tem que ser o provedor total para suas necessidades.
Em dado momento ela afirma: Eu perdi meu motorista por causa de férias. Foram dados 3 meses de férias direto para ele, eu não entendo bem como que a administração dá 3 meses de férias para um motorista e não reverte isso”.
Vejamos com calma: um subprocurador do estado tem que ter um motorista à sua disposição para levá-la ao trabalho e, consequentemente, levá-la de volta para casa, tudo por conta do erário e dos impostos pagos pelos contribuintes? Por quê?
Não satisfeito, o senhor Procurador-Geral da República, lamentou o caso e disse que o fato “não é um tema simples”, por se tratar de um assunto de segurança e não de conforto. “A questão não é pegar Uber ou não pegar Uber”, disse. O procurador-geral também disse que irá sugerir a abertura de concurso para contratação de novos motoristas para a PGR, visto que, em 2020, o CSMPF rejeitou a abertura de um novo edital. Não o ouvi dizer que as despesas estavam altas e portanto teríamos que entrar em regime de contenção das despesas.
Para onde vamos e para onde queremos ir?
Funcionário de alto escalão, com salário muito acima da média dos brasileiros não pode ir trabalhar com seu próprio carro, o estado tem que lhe dar "por questões de segurança" como afirma o procurador-geral este benefício.
Como dizem os baianos, "Bata-me um abacate!"
Penduricalhos como carro com motorista, auxílio moradia (mesmo morando na cidade em que trabalha), auxílio "vestimenta", auxilio para filhos em escola, foro especial (o Brasil tem mais de 50.000 funcionários com foro privilegiado), etc, etc....,enfim, o estado com seu tamanho mastodôntico a suprir necessidades que qualquer trabalhador banca com seu salário para executar suas tarefas, onerando a carga tributária porque alguém tem que pagar por todas estas mordomias.
Todos os dois candidatos à presidência prometeram rever o teto para isenção do imposto de renda para quem ganha abaixo de R$ 5.000,00, ou seja, o estado iria dar isenção para quem ganhasse até este limite, mas bastou assumir o novo presidente para dizer que não tem condições de cumprir com aquela promessa porque o estado está quebrado. Este presidente que assumiu está falando o mesmo que o outro que perdeu falaria também, caso tivesse ganho. Não sabiam estes senhores que não tinham como cumprir estas promessas? Claro que sabiam, mas para o povo que quer ouvir o "canto da sereia" podem prometer o que quiserem porque ninguém pode cobrá-los.
Quanta sem-vergonhice!
Basta de termos um estado provedor e protetor!
A remuneração média dos funcionários públicos brasileiros está muito acima da média do mercado de trabalho na iniciativa privada. Os benefícios recebidos são muito maiores do que os valores pagos por empresas muito ou pouco lucrativas: deu resultado melhora sua remuneração, deu pouco resultado entra na lista de "não necessários", "de descartáveis"; simples assim!
É preciso criar a consciência de que funcionário público está para servir e não para ser servido pelo estado, na verdade pelo contribuinte, aquele mesmo contribuinte que paga uma carga imensa de impostos porque o estado em sua voracidade de gastar, seja com salários, benefício, mordomias ou simplesmente por má gestão, não consegue ser enxuto.
Até quando teremos governantes que só se preocupam com inchar a máquina pública sem se preocuparem com o retorno que deve ser dado para o contribuinte com boas escolas, saúde de qualidade e infraestrutura que atenda o dia a dia do seu provedor maior o contribuinte, aquele para o qual deveriam ser estendidos todos os tapetes vermelhos.
Como isto me aborrece!
Pobre Brasil!
Pobres brasileiros!
@Borba1948