Neste momento as tropas russas estão investindo contra a sociedade ucraniana nos fazendo lembrar de outras ações criminosas perpetradas pelos dirigentes da Rússia enquanto parte da URSS.
Em 1956, a Hungria se rebelou contra a ditadura do Kremlin que não aceitava, de forma nenhuma, uma nova ordem na política interna da Hungria e o exército vermelho simplesmente invadiu o país e sufocou qualquer tentativa de mudança que pudesse por em risco o que eles achavam ser o melhor governo.
Novamente, em 1968, em janeiro, começou um movimento em Praga, na antiga Tchecoslováquia, que também previa reformas no sistema de governo dando mais liberdades para os cidadãos e, basicamente, para a imprensa. Estas reformas queriam mudar do comunismo para uma social democracia na qual todos teriam mais liberdades e uma menor dependência do governo central de Moscow.
O governo da URSS não aceitando as reformas que já haviam sido implementadas (tudo a ver com o que estava ocorrendo em Kiev?) conclamou os países integrantes do Pacto de Varsóvia para interromper aquela mudança que já caminhava em largos passos, e juntos invadiram em agosto de 1968 o país e sufocaram com força militar aquela que seria a grande contra revolução ao sistema comunista implantado com mão de ferro pelas tropas soviéticas após a segunda grande guerra.
Deu-se a chamada Primavera de Praga com a ocupação do país pelas tropas do pacto que durou até 1990.
Uma atitude parecida, ou igual, com a que foi tomada pelos tchecos parece ser a única saída para os cidadãos da Ucrânia, com resistência ativa, não aceitando as imposições das tropas de ocupação - lembremos que na Tchecoslováquia além de greves e outras ações foi publicado o decálogo de não cooperação: "não sei, não conheço, não direi, não tenho, não sei fazer, não darei, não posso, não irei, não ensinarei, não farei!"
A resistência terá que ser diária, sem confrontos maiores mas de guerrilhas urbanas, de não cooperação com o novo governo que será implantado e, lógico, que será de total aceitação das vontades de Moscow, do novo tirano europeu, o ex KGB Vladimir Putin.
Momentos duros virão, com prisões, expurgos, talvez até com execuções - o que já é normal para os dissidentes do tirano Putin, mas de grande vontade de não se submeter às ordens de um governo de submissão às vontades moscovitas.
Infelizmente, tal como nos casos da Hungria e da Tchecoslováquia, a Ucrânia ficará sozinha no enfrentamento pois não existe espaço para que outras forças façam a defesa sem que haja uma escalada de guerra real na Europa, o que ninguém no mundo quer.
Tomara que os Ucranianos tenham a força e a vontade daqueles tchecos que não se submeteram e tentaram, de todas as formas, fazer as mudanças necessárias para terem uma vida melhor.
@Borba1948