quarta-feira, 27 de março de 2024

O Brasil da vergonha

Esta semana li, em algum lugar/veiculo, o seguinte:

"Marielle não foi morta por ser mulher, negra, lésbica, vereadora ou por ser afiliada ao PSol.

Foi morta porque atrapalhava os negócios de uma quadrilha, e de bandidos, nesta desordem na qual se transformou a cidade do Rio de Janeiro."

Se olharmos com lógica isto é verdadeiro, mesmo porque o próprio matador deixou bem claro que o "contrato" de morte foi mandado pelos chefes da milícia que operava naquele bairro, chefes estes infiltrados no "establishment": um deputado federal, outro Conselheiro no Tribunal de Contas do Estado do RJ, e o que arquitetou o plano, e forma, do crime como Secretário de Polícia no Estado do RJ.

Dá para ter a real noção no que se transformou o estado do Rio de Janeiro

Isto deixa bem claro que não foi por política mas sim por interesses econômicos e financeiros. Como a política no RJ, na verdade em praticamente todo o Brasil, está tão envolvida com o crime organizado tudo acaba se conectando.

Durante estes seis anos a esquerda quis que aquele assassinato fosse ligado diretamente à política no estado do RJ, o que politicamente interessava porque daria, como deu, votos para que alguns se elegessem tanto no aspecto regional - vereadores e deputados estaduais como no âmbito nacional para Câmara dos deputados.

A linha que divide a ética e a moral em nosso país está tão tênue que até no festival Lollapalooza um cantor, filho de um dos maiores traficantes e bandidos do país, Marcinho VP, teve a petulância de vestir uma camiseta, quando da sua apresentação, pedindo nada menos do que a liberdade do bandidão.

Aqui em nosso país conseguimos desvirtuar qualquer padrão de moralidade e ética. Na política 1/3 do congressistas estão enrolados com a justiça por todo tipo de crime, sendo o mais "normal" corrupção, e até por crimes de morte temos indiciados que estão com seus processos em "compasso de espera". Deste modo quase nada fazem para barrar as atitudes megalômanas de alguns dos "ministros" da corte maior.

Se não estivessem envolvidos como parte interessada nos processos que por lá "descansam" talvez os senadores tivessem a coragem para exercer o que manda a constituição: ser o freio para que aqueles "ministros" não prevaricassem.

Infelizmente não dá visualizar melhora neste quadro que se apresenta, pois temos quase a certeza de que com estes políticos que aí estão a chance de mudança é praticamente zero.

Ainda vamos sofrer muito.

@Borba1948 

ceborba.blogspot.com

sábado, 2 de março de 2024

Burro com Sorte

Palavras do presidente Luis Inácio dirigidas a empresa Vale do Rio Doce:

"Vale não é dona do Brasil e as empresas devem seguir pensamento do governo."

Isto é autoritarismo ou não?

Pode até ser chamado de pensamento ditatorial, mas uma coisa temos certeza: não são palavras a serem usadas em regime democrático.

O que isto ajuda na condução política e econômica do governo? Nada!

São palavras ditas que podem causar estrago no mercado e nos investimentos futuros de empresas e/ou indivíduos. 

Isto me faz lembrar de um treinador de futebol, Levir Culpi, que escreveu um livro sobre seu tempo como treinador de futebol e que deu o título de "Burro com Sorte".

Conta ele que na arquibancada atrás do banco de reservas alguns torcedores o chamavam de "burro" por ter colocado em campo um jogador que estava errando tudo mas, de repente, sobra uma bola e o dito cujo faz o gol da vitória; imediatamente alguém no alambrado atrás do banco de reservas grita: "Burro, mas com sorte!"

Nos faz lembrar do primeiro governo deste senhor, Luis Inácio, que logo após assumir segundo mandato, reeleito que foi, mesmo vindo de um mundo no qual as economias mundiais estavam em recessão, foi bafejado pela sorte de as comodities entrarem em uma espiral de valorização o que fez o Brasil alavancar sua economia em patamares além do esperado, fazendo um período de quase pleno emprego. Pura sorte!

O resultado disto foi ter eleito a "gerentona" e incapaz Dilma Roussef na esteira daquele sucesso momentâneo, o que provou sua sorte pois em seguida sabemos de tudo o que aconteceu.

Na sua eleição atual, nosso país vem de uma pandemia que esfacelou a maioria das economias mundiais, e não ficamos de fora, recebeu um país que ainda não havia se recuperado do baque de um governo errático, para em menos de quatorze meses de governo ser, novamente ser protegido pelo salto dado pelo agro brasileiro que hoje é responsável por praticamente 30% dos recursos econômicos, do PIB brasileiro.

Este mesmo agro que a esquerda abomina mas que hoje dá a base da nossa economia praticamente igualando o desempenho da indústria e serviços.

"Burro mas com Sorte"; lembram?

Esta é a fotografia deste governo brasileiro.


@Borba1948 

ceborba.blogspot.com