Tenho visto muitos brasileiros pregando que o STF deveria ser extinto e criado um Tribunal Constitucional para acabar com prepotência e exibicionismo que grassa na atual corte maior.
Não precisamos de um novo tribunal porque do jeito que as instituições estão podres mais podridão teríamos.
Já foi tentada uma quebra do sistema quando em 64 os militares deram golpe de estado e ganhamos a ditadura, que deveria pôr em ordem a situação e acabar de vez com a corrupção, e 64 não foi a primeira vez na qual o pais tentou via armas fazer mudanças que não deram certo.
Ledo engano!
O vírus do poder maior, e da ganância, tomou conta do sistema e acabamos por produzir, novamente, corrupção e leviandade.
Os corruptos voltaram mais fortes e disseminaram meios para se locupletarem com muito mais força, e tudo baseado na lei maior, a Constituição.
O SISTEMA É FODA!
Enfim, chegamos a isto que hoje temos, uma corte maior que se apequenou e passou a chafurdar na lama da corrupção e do exibicionismo, governadores passaram a prevaricar e a roubar sem medo e sem qualquer escrúpulo.
Alguns Juízes e Desembargadores, vendo o exemplo dos "ministros" do STF não quiserem ficar atrás e foram com toda sede ao pote transformando Tribunais de Justiça de estados em verdadeiras ORCRIM's e, pior, quando são pegos com a "boca na botija" vão para a aposentadoria remunerada, igual aos militares que vivem como se zumbis fossem, verdadeiros mortos vivos recebendo suas pensões após serem condenados por crimes cometidos enquanto na ativa.
E quem paga isto? A viúva chamada Brasil, melhor, nós os pagadores de impostos.
Portanto, não é mudando o nome da corte que vai ajudar a mudar o país mas sim uma mudança radical de atitude do povo se rebelando contra a miséria da falta de instrução exigindo novas escolas com educação de nível, acabando com a dependência do estado dos miseráveis que vivem das migalhas dadas por governantes populistas, exigindo dos governantes investimentos em saúde e infraestrutura para gerar novos empregos, enfim, uma cartilha que sabemos ler mas só funcionará se os brasileiros souberem exigir mesmo se necessário for partir para o confronto.
Às vezes me surpreendo com esta esquerda caviar que fala em nome de ícones da educação como Gilberto Freire, Darcy Ribeiro ou mesmo de Anísio Teixeira, baluartes na educação, mas não consegue, sequer, seguir os princípios por eles pregados e acaba por não fazer o suficiente para, pelo menos, tentar minorar os problemas visto a corrupção já ter se impregnado de tal forma no sistema desviando recursos e deixando a pobreza se instalar e criar raízes.
Vejo esta esquerda a combater e pregar contra a diminuição do estado na vida do povo, mas não vemos terem atitudes reais para implantar mudanças, viverem realmente uma democracia exuberante.
A democracia hoje, tal qual o sistema comunista, está sendo testada e colocada sob forte pressão de elementos, governantes, que se denominam como democratas, mas que fazem, na verdade, tudo ao contrário do que pregam com atitudes como se ditadores fossem e tendo como exemplo maior o louco Donald Trump que acha poder calar quem se posiciona contra suas ideias, tentando usar o estado para pressionar e aterrorizar seus desafetos; já vimos isto em regimes de esquerda e comunistas!
A população mundial e os governantes passam por uma crise imensa de identidade, talvez por excesso de informação, de conhecimento, mas antes de tudo uma crise de intolerância geral. Vemos, e nada fazemos, populações sendo agredidas em nome de liberdades que nunca terão, países tentando dominar e sufocar outros por meras questões de convivência, de intolerância mesmo.
Hoje vemos Israel tratar Gaza como foi tratado pelo regime nazista, propondo um genocídio da população palestina governada por intolerantes e terroristas, o Hamas, grupo este que simplesmente propõe a morte de todos os judeus; aonde vamos chegar? A uma terceira guerra mundial?
Mas voltando aos problemas brasileiros após divagar por outros caminhos da intolerância, acabamos por ver que nosso problema está tão bem inserido na problemática mundial de raiva e de mal convivência com quem pensa diferente.
Nosso país passa por um momento crucial de tentar achar um rumo, porém, e o pior, é não termos mentes brilhantes e lideranças a nos guiar, nos falta um Churchill, uma Margaret Thatcher, um George Washinton e, quiçá, um Dom Pedro II, para liderar racionalmente o povo e mostrar ser possível tomar outros rumos que não o da discórdia e, com pulso firme, exercer liderança.
Precisamos sim, achar um norte, um rumo pois estamos decadentes no tocante ao fazer política, decadentes em tudo o que diz respeito a ética e justiça, fracos no aspecto da moralidade e, acima de tudo, falta de fé, não a fé religiosa, mas a fé de que tudo é possível para mudar e melhorar.
Quem sabe não precisaremos chegar ao fundo do poço lidando com raiva e discórdia entre irmãos; sim, eu acredito ser possível.
@Borba1948
ceborba.blogspot.com