Que retrato do nosso país!
É evidente que estes servidores que são essenciais para a normalidade do estado de direito de cada cidadão não podem e nem deveriam fazer greve, mas nossos políticos, desde a promulgação da nova constituição,talvez até por medo da realidade, nunca regulamentaram como poeria ser feita uma justa reivindicação destes setores, daí fica esta baderna que só interessa a quem detém o poder das armas, ficando o pobre do cidadão totalmente vulnerável à ação de vândalos e delinquentes.
Quando o governo do RN solicitou a liberação dos parcos recursos disponíveis para a saúde do estado para pagamento dos salários atrasados destes agentes públicos, negado peremptoriamente, de forma correta pelo STF, poderia ter a magistratura determinado que por má gestão dos recursos os gestores do estado, leia-se governador e secretários, deveriam ter seus bens bloqueados e disponibilizados para o pagamento dos rombos produzidos pela gestão temerária que fizeram no estado.
O grande problema da gestão pública em nosso país é a total falta de comprometimento dos gestores uma vez que, mesmo que utilize de forma incorreta os recursos disponíveis, os gestores não são penalizados - a não ser em caso de roubo e de corrupção comprovado, com a indisponibilidade dos seus bens; assim fica fácil fazer gestão temerária.
Os recursos são mal aplicados pois sabem que o governo federal e o judiciário, sempre em nome da governança e, aí sim, preocupados com os contribuintes e cidadãos, poderá autorizar o uso de novos recursos sejam eles de que origem forem.
Qual a moral que um governo federal tem para não disponibilizar novos recursos se o mesmo tenta, e às vezes até consegue, fazer mudanças em leis importantes, como a de responsabilidade fiscal, como agora está pretendendo o governo Temer?
Ao invés de administrar melhor os recursos disponíveis, cortando gastos desnecessários (por exemplo os aproximadamente 27.000 cargos comissionados e de "confiança"), reduzindo os ministérios (talvez 12/15 fossem ideal), cortando verbas de representação (quanto nos custam cada deputado federal e senador?, ficam a tentar expandir os limites, via congresso e PEC, talvez até por mediada provisória, dos gastos correntes.
Que vergonha?
Até quando?
Fica a pergunta e vamos ficar esperando uma resposta que não sabemos quando virá.
@Borba1948
cecborba@gmail.com
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