Tem
algumas coisas que eu, sinceramente, não entendo:
Se
CEF - Caixa Econômica Federal é uma empresa 100% pública, diferente do Banco do
Brasil que é listado em em bolsa e deve se portar com vistas exclusivas ao
lucro e rentabilidade, e a CEF que tem como missão ser um banco social, porque os
governos nunca a usaram para poder exercer pressão sobre os bancos comerciais
cobrando taxas de juros real no crédito, tanto pessoal quanto em rotativo,
compatíveis com a realidade brasileira?
A
CEF tem que ser administrada sim como banco social pois não cabe outra missão
que não seja esta; se praticar juros decentes não terá prejuízo, terá sim
lucros menores mas terá cumprida a missão para a qual foi criada.
Vejamos:
durante muito tempo, a CEF cobrou juros nos programas de habitação de 8,5 até
10% aa mais a TR, prática esta que inviabilizava a qualquer brasileiro a compra
de um imóvel pois, mesmo com baixa inflação, o pobre coitado não sabia como
seriam as prestações ao fim do contrato, e quando se dava conta, os aumentos
praticados nas prestações sempre estavam maiores do que o do seu contido
salário e o saldo devedor impagável.
O
financiamento de um bem de raíz tem a hipoteca como sua maior garantia do
pagamento pois caso não o faça será tomado o imóvel e leiloado pelo seu real
valor de mercado, não causando, em princípio nenhum dano ao financiador,
portanto com garantia real; porque, então, esta ganância de um banco
eminentemente social em cobrar juros abusivos da população?
É
claro que o BB não pode ter estas práticas pois deve explicações aos seus
acionistas que querem a melhor administração com a melhor expectativa de ganho
e rentabilidade, e se aquela prática fosse tomada como atitude do acionista
maior, a união, teríamos, como feito com a Petrobrás, um volume imenso de ações
para cobrar a má administração face ao mercado.
A
grande verdade é que os nossos governantes não estão nem um pouco preocupados com a
realidade da vida do brasileiro, que paga os maiores juros do mundo no crédito
pessoal - bancos que cobram pouco o fazem em taxas de 8% am no cheque especial
e de até 12% am no cartão de crédito rotativo - no empréstimo consignado, que
não tem perda pois pode ser garantido com os seguros, as taxas variam de 1,8 a
2,8% am, o que é extremamente abusivo.
Este
é o verdadeiro "ganho fácil" dos especuladores (para não os chamar
pelo adjetivo real que seria de agiotas), e como não têm concorrência fazem o
querem com o pobre do brasileiro; já passou da hora de mudar esta nossa cruel
realidade e de o governo ser, realmente, um governo que pode ter como meta o
social.
Não
sei as reais implicações, e se alguém souber, que me diga, mas não consigo
compreender esta realidade.
Pobres
brasileiros!
Pobre
Brasil!
cecborba@gmail.com
@Borba1948
