sexta-feira, 17 de julho de 2020

A Bahia, a educação e os analfabetos

A matéria do G1, da Globo, nos informa que 9 em cada 10 baianos acima de 40 anos são analfabetos e 1,5 milhão de pessoas com 15 anos ou mais não sabem ler nem escrever!

Se fizermos as contas vamos ver que na Bahia, já de há muito tempo, os baianos (eleitores) vivem em sua.maioria em currais eleitorais, aonde os "coronéis" cuidam muito bem para que tenham o "gado" à sua disposição.

Novamente, fazendo as contas, vamos lembrar dos mais de 35 anos do carlismo, domínio político de ACM, logo seguido de 16 anos de lulopetismo, portanto isto nos mostra que o problema da Bahia é dos políticos que não querem mesmo, tirar do limbo a população.

Falta saneamento básico - a Bahia tem índices baixíssimos de acesso a esgoto sanitário, sendo que no Nordeste é o estado com pior desempenho, tanto quanto no acesso a água tratada.

Muito precisa mudar, e o pior de tudo isto é que vemos o tempo todo as disputas políticas com todos os vieses - direita, esquerda, centro, sem que queiram solucionar estes problemas.

Porém, o mais importante de todos eles, a educação, nunca foi tratado como prioridade, daí termos este índice alarmante de pessoas analfabetas.

Quando isto será tratado como prioridade?

Vemos todos os candidatos querendo os votos mas não vemos nenhum deles realizar o que precisa ser realizado. A educação básica sempre foi tratada, pelo menos nos últimos 50 anos, de forma a não atender as menores necessidades da população do estado.

Quando ouvimos que 9 entre 10 baianos acima de 40 anos não são alfabetizados nos perguntamos o que este povo fez para sofrer tanto nas mãos de politicos desonestos e corruptos; porquê?

Pobre povo baiano, pobre população que tem 80% de negros sem perspectivas futuras, pobres, "pobres de marré deci" como diz a música infantil que nos quer dizer, literalmente, que são paupérrimos.

Triste, muito triste!

quinta-feira, 2 de julho de 2020

Mais um pensamento sobre educação

Com todo este imbróglio acerca do Ministério da Educação, com todos estes problemas da educação em nosso país, e ao ver que um forte candidato a ser ministro foi reitor do ITA, Instituto tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos (SP), uma das melhores, talvez a melhor escola tecnológica deste país, quiçá da América do Sul, tive a curiosidade de ver como é a escolha de um novo reitor para aquele instituto.

Qual não foi minha surpresa ao ver que em nenhum momento existe a possibilidade de haver uma eleição tendo como base o corpo docente, o corpo discente e os funcionários; a escolha é feita por uma comissão de notáveis, incluso aí ex-reitores, através do Ministério da Defesa (MD) que instaura uma comissão de alto nível a fim de selecionar o novo reitor para, avaliação esta a ser realizado por um comitê de especialistas, nomeado pelo Diretor-Geral do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA).

A seleção dará origem a uma lista tríplice, que será encaminhada ao Comandante da Aeronáutica que, após sua validação, será submetida ao Ministro da Defesa. Podem se candidatar ao cargo aqueles que atendam aos seguintes requisitos básicos:
• Formação acadêmica de alto nível, experiência técnico-científica e competência profissional nas áreas de atuação do ITA, demonstradas no curriculum vitae;
• Experiência gerencial e administrativa envolvendo atividades de relacionamento com instituições de ensino superior, de pesquisa, desenvolvimento e de fomento, do Governo e da sociedade em geral;
• Notoriedade junto às comunidades acadêmica, científica ou tecnológica;
• Entendimento e comprometimento com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) do ITA, seus complementos e outros documentos disponibilizados pelo ITA, com o Plano Setorial do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e com a Política de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Comando da Aeronáutica (COMAER);
• Visão de futuro voltada para as áreas de atuação do ITA;
• Capacidade de liderança para motivar os corpos docente e discente e os demais servidores e colaboradores do ITA; e
• Competência para propor soluções e capacidade para enfrentar desafios e superar obstáculos com o objetivo de fortalecer a atuação do ITA.

Essa comissão buscará identificar, dentre os membros das comunidades científica, tecnológica e empresarial, nomes que se identifiquem com as diretrizes técnicas e político-administrativas estabelecidas para o ITA.

Porque então temos que ter em nossas universidades públicas arremedos de eleição popular para ocuparem cargos tão importantes e altamente técnicos no quesito da educação, pesquisa e gestão com alunos e funcionários tentando eleger reitores que podem não preencher os requisitos mais importantes mas preenchem requisitos de ideologia?

Será que é por isto que os orçamentos das nossas universidades tem sido comprometidos, em sua quase totalidade, com pagamento da folha de pessoal e benefícios muito além dos que se deve ter?

A única ideologia que cabe em uma universidade é a da educação, conhecimento, pesquisa e gestão pois, afinal, o reitor e seus diretores têm a obrigação de preparar o alunato para que sejam as cabeças pensantes do futuro do país.

Quem sabe o novo ministro da educação que vier comece a pensar, seriamente, que universidade não seja lugar de experimentos só ideológicos mas sim em benefício real do alunato e da sociedade.

Quem sabe!

Acorda Brasil!

@Borba1948