Qual não foi
minha surpresa ao ver que em nenhum momento existe a possibilidade de haver uma
eleição tendo como base o corpo docente, o corpo discente e os funcionários; a
escolha é feita por uma comissão de notáveis, incluso aí ex-reitores, através
do Ministério da Defesa (MD) que instaura uma comissão de alto nível a fim de
selecionar o novo reitor para, avaliação esta a ser realizado por um comitê de
especialistas, nomeado pelo Diretor-Geral do Departamento de Ciência e
Tecnologia Aeroespacial (DCTA).
A seleção dará
origem a uma lista tríplice, que será encaminhada ao Comandante da Aeronáutica
que, após sua validação, será submetida ao Ministro da Defesa. Podem se
candidatar ao cargo aqueles que atendam aos seguintes requisitos básicos:
• Formação
acadêmica de alto nível, experiência técnico-científica e competência
profissional nas áreas de atuação do ITA, demonstradas no curriculum vitae;
• Experiência
gerencial e administrativa envolvendo atividades de relacionamento com
instituições de ensino superior, de pesquisa, desenvolvimento e de fomento, do
Governo e da sociedade em geral;
• Notoriedade
junto às comunidades acadêmica, científica ou tecnológica;
• Entendimento e
comprometimento com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) do ITA, seus
complementos e outros documentos disponibilizados pelo ITA, com o Plano
Setorial do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e com a
Política de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Comando da Aeronáutica
(COMAER);
• Visão de
futuro voltada para as áreas de atuação do ITA;
• Capacidade de
liderança para motivar os corpos docente e discente e os demais servidores e
colaboradores do ITA; e
• Competência
para propor soluções e capacidade para enfrentar desafios e superar obstáculos
com o objetivo de fortalecer a atuação do ITA.
Essa comissão
buscará identificar, dentre os membros das comunidades científica, tecnológica
e empresarial, nomes que se identifiquem com as diretrizes técnicas e
político-administrativas estabelecidas para o ITA.
Porque então
temos que ter em nossas universidades públicas arremedos de eleição popular
para ocuparem cargos tão importantes e altamente técnicos no quesito da
educação, pesquisa e gestão com alunos e funcionários tentando eleger reitores
que podem não preencher os requisitos mais importantes mas preenchem requisitos
de ideologia?
Será que é por
isto que os orçamentos das nossas universidades tem sido comprometidos, em sua
quase totalidade, com pagamento da folha de pessoal e benefícios muito além dos
que se deve ter?
A única
ideologia que cabe em uma universidade é a da educação, conhecimento, pesquisa
e gestão pois, afinal, o reitor e seus diretores têm a obrigação de preparar o
alunato para que sejam as cabeças pensantes do futuro do país.
Quem sabe o novo
ministro da educação que vier comece a pensar, seriamente, que universidade não
seja lugar de experimentos só ideológicos mas sim em benefício real do alunato
e da sociedade.
Quem sabe!
Acorda Brasil!
@Borba1948
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