quarta-feira, 30 de setembro de 2020

A Educação no Brasil e as ideias de Darcy Ribeiro

Hoje uma das minhas netas me procurou para ajudá-la em um trabalho escolar que tinha como base a educação.

Imediatamente lembrei-me do antropólogo e educador Darcy Ribeiro, secretário de educação nos governos de Leonel Brizola no Rio de Janeiro, ao dar vida à idéia dos CIEPs, Centros Integrados de Educação Pública, que visava nada mais do que dar educação pública com qualidade colocando os alunos em horário integral com atividades de estudo e lúdicas, praticando esportes, artes além de atendimento médico e odontológico.

Uma idéia tão simples, e ao mesmo tempo tão genial para nossa realidade, que bastaria só aos governantes entenderem que educação deveria ser o pilar da nossa sociedade.

Com uma educação de primeira linha ficaria evidente que o povo teria mais consciência, saberia entender a realidade, estaria mais preparado para sua vida e atividade profissional, enfim, daria valor ao conhecimento.

Ao ver o resultado daquela idéía brilhante ficamos frustrados ao ver que não deu certo, que o estudante primário e secundário continua sem acesso a educação básica de qualidade, que não têm outras atividades nas escolas por puro preconceito dos políticos que nunca deram o devido valor à educação em nosso país.

Quando avaliamos o porquê de não ter sido aquela proposta levada avante por outros políticos vamos verificara falta de continuidade, melhor, a falta de um programa real de educação para nossos estudantes; temos tudo para realizar de forma adequada um programa educacional sério e com bases, basta ver os programas que os estados e municípios devem cumprir com carga horária, merenda para os alunos, transporte, etc, mas os larápios do dinheiro público roubam e nada fazem.

Pesquisando, e procurando, os motivos do porque não ter evoluído nacionalmente este programa de escolas públicas em horário integral achamos vários motivos:

- Segundo Sérgio Luiz Carvalho de Aguiar, diretor d um CIEP, o maior problema para o turno integral é a falta de continuidade dos projetos políticos dos governos. "A reforma no prédio ficou tanto tempo parada porque não era uma prioridade para os governos. O turno integral precisa ser um projeto de Estado, separada das vaidades políticas, se não acaba um governo e morre tudo", afirma.

- A professora de pós-graduação da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) Lígia Martha Coelho concorda que o turno integral precisa superar as questões partidárias. "A proposta dos Cieps foi esvaziada porque não houve compromisso de continuidade por parte dos governos que se seguiram", afirma Lígia, que é coordenadora do núcleo de estudos de educação integral da universidade.

- Diretora do Ciep 445 - Miguel de Cervantes, em Itaboraí (RJ), Iara Moraes da Silva, diz que o maior desafio da escola, que não funciona mais com o turno integral, é acabar com o preconceito dos pais e dos próprios alunos com os Cieps. "Nós tivemos de trabalhar muito na comunidade para acabar com o preconceito com o Brizolão (como são chamadas os Cieps no Rio de Janeiro). Os pais não queriam matricular seus filhos porque se criou a imagem de que era uma escola de pobre, de que o horário integral era para atender as crianças que não tinham o que comer em casa, que ficavam na rua."

Vejam o absurdo da realidade do preconceito dos próprios moradores da região, na própria comunidade, de não se sentirem necessitados, eles mesmo preconceituosos com seu status.

Mas o que nos chama a atenção mesmo é a falta de políticas sérias como a má formação dos professores, a falta de planejamento pedagógico adequado, por parte dos municípios, estados e da federação, em que cada um formula suas próprias “políticas” sem que tentem unificar as gestões de uma causa desta importância.

Quando será que veremos políticas públicas sérias, e sem ideologia, mas com objetividade para todos os brasileiros?

Gostaria de saber, realmente, a resposta; é isto o que nos falta.

@Borba1948

terça-feira, 29 de setembro de 2020

Que país é esse?

Triste Brasil
A respeito do momento político que vivenciamos, vendo O Apenado a querer soltar a voz, vendo partidos de esquerda deixando de usar a cor vermelha que sempre foi a cor de fundo da "ideologia", vendo um governo que se diz de direita mas que tem idéias de governo autoritário, enfim, na verdade não sei avaliar o que estamos passando.

Continuo dizendo que ele, O Apenado, é o "Capo di Tutti Capi" da gang que implantou o sistema cleptocrático em nosso país; não que jamais houvera corrupção porém jamais como sistema de governo. Fomos expropriados por governantes que estiveram no comando do país e de alguns estados, nos últimos 20 anos (este governo atual incluso).
Infelizmente nosso sistema está podre, com vereadores, prefeitos, deputados estaduais, governadores, deputados federais e senadores da república, muitos juizes de primeira e segunda instância, muitos desembargadores (estaduais e federais) além de ministros de cortes superiores que se bandearam para o lado negro da força.
Este é o nosso real estado de coisas, um sistema em que a roubalheira se institucionalizou, transformando nosso país nisto que estamos a vivenciar.
Me entristece ver que, em princípio, não temos a médio prazo solução para que isto possa ser revertido. Não temos políticos nos quais possamos apostar nossas fichas neste jogo que, aparentemente, só tem um ganhador, os políticos, e um perdedor, o povo.
Tentamos à direita, à esquerda, centro e todos se mostraram incompetentes para liderar nosso salto qualitativo na educação, na saúde, e na infraestrutura para livrar o povo do desemprego e de qualidade ruim de viver.
Vamos ver o que nos é apresentado para o futuro orando para que uma força superior possa nos abraçar e nos livrar dos maus gestores e ladrões.
@Borba1948