sábado, 18 de maio de 2024

A Bahia e a falta de alfabetização

Vou dar meu depoimento e experiência no trato com este problema.

Faço trabalho como síndico profissional e sei bem o que este tipo de problema causa pois não tem um condomínio que eu assuma no qual não tenhamos problemas com os porteiros pois a grande maioria é de analfabetos funcionais, e quando não aparece um que seja analfabeto.

Na grande maioria dos prédios mais antigos , acima de 15 anos de idade, quando da entrega para os moradores, a construtora indicava trabalhadores para assumirem a portaria na transição e os moradores acabavam aceitando estes trabalhadores vindos de profissões como pedreiros,  ajudantes de obras, marceneiro, enfim, trabalhadores braçais, em quase sua totalidade bons trabalhadores, mas totalmente de preparados para trabalho em local que exige leitura e bom raciocínio.

Tem prédios que assumo a sindicatura que tem porteiro analfabeto!

Nos prédios mais modernos isto não ocorre porque já necessitam de porteiros com habilidades, mesmo simples, de conhecimento de informática.

É muito difícil trabalhar com porteiros semi analfabetos e analfabetos funcionais porque o índice de erros é imenso, a comunicação fica difícil porque só pode se dar via oral o que dificulta em muito o entendimento.

Só quem convive diariamente com este problema do analfabeto sabe, verdadeiramente, o quão a população sofre por não saber ler e entender o que lê, quando consegue.

E isto tudo é causado por políticos que fazem do analfabetismo seu maior eleitor porque dá assistencialismo, e não emprego, causando dependência destes indivíduos aos malfadados programas sociais que só servem para manter o quadro de exploração política.

Aqui na Bahia  temos a maior população do país, em números absolutos, em programas sociais tipo bolsa família, e no fundo nada para melhorar é feito de forma sistêmica para erradicar, de vez, esta praga do analfabetismo. 

Muito triste.

@Borba1948 

ceborba.blogspot.com 


https://www.metropoles.com/colunas/mario-sabino/a-quem-interessa-manter-o-nordeste-no-atraso-social-e-economico

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