quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Carta aberta ao Presidente Jair Bolsonaro


Prezado Presidente Jair Bolsonaro:

Quando eleito pelo povo brasileiro um dos principais temas de sua campanha era a transparência, para que se pudesse evitar especulações acerca de atitudes, e total combate a corrupção. Qual não foi a nossa surpresa ao ver o deputado Jair Bolsonaro ser agraciado com benesses que, presumíamos, aquele candidato, e hoje presidente, combateria.

Porque aceitar as benesses distribuídas pela câmara, e também pelo senado, como o auxílio mudança para quem estivesse saindo por ter perdido o mandato e para quem estivesse assumindo o mandato? E o senhor nem mudar de Brasília vai!

Congressista que perdeu o mandato não deveria ter direito a ser indenizado para promover sua mudança, nem tampouco quem assume mandato, mesmo porque ninguém foi para Brasília por imposição e sim por vontade própria.

Isto é uma esbórnia com o nosso dinheiro, ganho de forma suada e tão arrochado em impostos pelo governo. Não lhe dá arrepios saber que não vamos permitir, e vamos continuar combatendo, esta esbórnia?

Presidente Jair Bolsonaro, os votos recebidos não lhe dão carta branca, para continuar com as atitudes que sempre combatemos, pelo contrário, deveriam servir para estar sempre lembrando ao senhor por quais motivos foi eleito.

Espero, sinceramente, que o norte da sua campanha jamais mude, e que o senhor faça o que sempre prometeu, trabalhar incansavelmente contra os corruptos e corruptores e contra os privilégios que os políticos usufruem.

Ainda tenho esperança senhor Presidente, esperança que seu governo possa, realmente, ser aquele que irá iniciar uma nova era de não regalias e de respeito ao contribuinte, o verdadeiro povo, que carrega este país nas costas com a elevada carga tributária que hoje nos assombra; basta lembrarmos que Tiradentes iniciou um levante porque a sanha do império chegou a tributar de forma tão elevada que os súditos chamavam aquilo de “quinto dos infernos”.

Vamos aguardar que nos próximos três meses, ou até em um período de tempo um pouco maior, o discurso saia da retórica e vá para ações reais com atitudes como rever a previdência (sic) dos congressistas reformando a regra atual que permite a um congressita receber aposentadoria proporcional, sem falar que o mesmo pode usufruir de aposentadoria total ao final de 35 anos de mandatos e 60 anos de idade. Mandato não é emprego, mandato é um serviço prestado sem intenção de benefícios e os congressistas deveriam se preocupar com aposentadoria pagando previdência privada como qualquer contribuinte faz ao longo da sua vida produtiva. Se for para reconhecer que os mandatos podem ser tratados como trabalho igual ao dos trabalhadores normais que a regra seja a mesma então, 35/65, e com aposentadoria pelo teto da previdência e não com valores absurdos.

Que os votos dados ao seu programa não venham a se tornar mais um castigo ao povo brasileiro e, continuamos acreditando, que não teremos mais um novo presidente tendo que prestar contas via ações no congresso e no judiciário.

Acorda Presidente!

@Borba1948

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