Prezado
Presidente Jair Bolsonaro:
Quando eleito pelo
povo brasileiro um dos principais temas de sua campanha era a transparência,
para que se pudesse evitar especulações acerca de atitudes, e total combate a
corrupção. Qual não foi a nossa surpresa ao ver o deputado Jair Bolsonaro ser
agraciado com benesses que, presumíamos, aquele candidato, e hoje presidente,
combateria.
Porque aceitar as
benesses distribuídas pela câmara, e também pelo senado, como o auxílio mudança
para quem
estivesse saindo por ter perdido o mandato e para quem estivesse assumindo o
mandato? E o senhor nem mudar de Brasília vai!
Congressista que perdeu o mandato não
deveria ter direito a ser indenizado para promover sua mudança, nem tampouco
quem assume mandato, mesmo porque ninguém foi para Brasília por imposição e sim
por vontade própria.
Isto
é uma esbórnia com o nosso dinheiro, ganho de forma suada e tão arrochado em
impostos pelo governo. Não
lhe dá arrepios saber que não vamos permitir, e vamos continuar combatendo,
esta esbórnia?
Presidente
Jair Bolsonaro, os votos recebidos não lhe dão carta branca, para continuar com
as atitudes que sempre combatemos, pelo contrário, deveriam servir para estar
sempre lembrando ao senhor por quais motivos foi eleito.
Espero,
sinceramente, que o norte da sua campanha jamais mude, e que o senhor faça o
que sempre prometeu, trabalhar incansavelmente contra os corruptos e
corruptores e contra os privilégios que os políticos usufruem.
Ainda
tenho esperança senhor Presidente, esperança que seu governo possa, realmente,
ser aquele que irá iniciar uma nova era de não regalias e de respeito ao
contribuinte, o verdadeiro povo, que carrega este país nas costas com a elevada
carga tributária que hoje nos assombra; basta lembrarmos que Tiradentes iniciou
um levante porque a sanha do império chegou a tributar de forma tão elevada que
os súditos chamavam aquilo de “quinto dos infernos”.
Vamos
aguardar que nos próximos três meses, ou até em um período de tempo um pouco
maior, o discurso saia da retórica e vá para ações reais com atitudes como rever
a previdência (sic) dos congressistas reformando a regra atual que permite a um
congressita receber aposentadoria proporcional, sem falar que o mesmo pode usufruir
de aposentadoria total ao final de 35 anos de mandatos e 60 anos de idade.
Mandato não é emprego, mandato é um serviço prestado sem intenção de benefícios
e os congressistas deveriam se preocupar com aposentadoria pagando previdência privada
como qualquer contribuinte faz ao longo da sua vida produtiva. Se for para
reconhecer que os mandatos podem ser tratados como trabalho igual ao dos
trabalhadores normais que a regra seja a mesma então, 35/65, e com
aposentadoria pelo teto da previdência e não com valores absurdos.
Que
os votos dados ao seu programa não venham a se tornar mais um castigo ao povo
brasileiro e, continuamos acreditando, que não teremos mais um novo presidente
tendo que prestar contas via ações no congresso e no judiciário.
Acorda
Presidente!
@Borba1948
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