Pesquisa realizada entre os magistrados brasileiros, realizada pela Associação dos Magistrados do Brasil - AMB, nos mostra um lado interessante da magistratura e seis ítens falam mais alto para que mudanças ocorram:
01) 90% dos magistrados - 9 em 10, querem que o STF se submeta a algum tipo de correição interna;
02) A execução de pena após condenação em segunda instância - 80% dos entrevistados concordam;
03) O plea bargain, que consiste na confissão do crime ao Ministério Público em troca de uma pena mais branda - 90% dos entrevistados concordam;
04) O uso de videoconferência nos processos penais - 80% dos magistrados querem;
05) Fim do quinto constitucional - 90% dos magistrados de primeira instância querem e 63,4% dos de segundo grau;
06) exposição de tatuagem por parte dos juízes - afetaria o formalismo da audiência - 56% da primeira instância e 74,7% da segunda instância.
01) 90% dos magistrados - 9 em 10, querem que o STF se submeta a algum tipo de correição interna;
02) A execução de pena após condenação em segunda instância - 80% dos entrevistados concordam;
03) O plea bargain, que consiste na confissão do crime ao Ministério Público em troca de uma pena mais branda - 90% dos entrevistados concordam;
04) O uso de videoconferência nos processos penais - 80% dos magistrados querem;
05) Fim do quinto constitucional - 90% dos magistrados de primeira instância querem e 63,4% dos de segundo grau;
06) exposição de tatuagem por parte dos juízes - afetaria o formalismo da audiência - 56% da primeira instância e 74,7% da segunda instância.
Tem um tema, que embora seja relevante mas causa certa apreensão, e é da vontade de 90% dos juízes, que querem no STF algum tipo de atividade correicional apoiando a criação de uma corregedoria interna na suprema corte. O interessante disto é que, de certa forma, isto já existe visto que a qualquer momento, e via senado, pode ser pedido o impedimento de qualquer ministro do STF, bastando para tal que o presidente do senado autorize a ação e que vá ao plenário para decisão.
O que na verdade leva a isto é a grande exposição e o gosto pelos holofotes de uma parcela significativa dos ministros que resolveram atuar como advogados de políticos e por interesse próprio não levando em consideração a possibilidade de se auto impedir ou impugnar por interesses conexos. Com certeza é isto que os ministros do STF conseguiram com suas altas exposições, falando a todo momento sobre casos que ainda vão a julgamento esquecendo do princípio básico, no meu entender, da magistratura de que juiz só deve se pronunciar nos autos.
Dos outros temas, não menos importantes é claro, tem um outro - o quinto constitucional, que me chama a atenção pela alta parcela, 90%, dos magistrados que não aceitam e querem mudanças visto que hoje já não mais faz sentido este tipo de privilégio que o ministério público e os advogados têm, embora esteja no artigo 94 da constituição – “Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.”.
No entender da grande maioria dos magistrados, e na minha também, para fazer parte das cortes, tribunais estaduais, distrital, do trabalho - regional e superior, e das cortes federais, só deveriam ser admitidos juízes de carreira visto que, ao longo de todo o tempo, se preparam e se aperfeiçoam para poderem julgar da melhor forma e com isenção, e mesmo se considerando que os participantes dos MP's e que advogados com notório saber jurídico e reputação ilibada possam ter conhecimento não se formaram na lide diária das contendas e nem das dificuldades que um juiz tem desde que assume a 1ª instância nos mais distantes rincões e aprenderam a observar tudo o que diz respeito ao entendimento das necessidades da população; não tem porque terem este privilégio.
O restante dos temas são importantes e, não menores, embora tenham alta percentagem de magistrados que querem as mudanças e, em face disto, acredito deva ser levada em consideração esta pesquisa pois nos mostra um caminho a seguir para que a justiça possa se tornar mais célere e menos benevolente com os que têm mais recursos financeiros e podem contratar melhores advogados.
