A final da Taça Guanabara, entre o Vasco e Fluminense, que seria
realizada agora à tarde no estádio do Maracanã, teve a determinação da justiça
de ser realizada com portões fechados.
E o torcedor, quem se preocupa com ele?
Tudo começou, pra variar, com atitudes dos dirigentes que ao não
saberem dialogar entre si, criaram um imbróglio que foi evado à justiça e,
consequentemente, teve a pior decisão tomada fechando o estádio para as
torcidas.
Tudo começou com a briga do Fluminense com a decisão, me parece,
da federação, e da gestora do estádio, que teriam invertido a posição histórica
das torcidas nas arquibancadas devido ao mando de campo ser do Vasco; o
Fluminense não aceitou a troca, o clube foi a justiça e conseguiu uma liminar,
e o seu presidente foi a público para dizer que estaria pronto para a guerra e
que haveria problemas sérios tanto no estádio quanto no entorno.
Como pode um dirigente ir a público e fomentar animosidade entre
torcidas?
Que atitude é esta para com a sociedade e nada é feito a não ser
prejudicar o espetáculo?
Em virtude destas atitudes intempestivas e sem nenhum
profissionalismo é que nosso esporte maior, o futebol, vive a pior fase da sua
história, sem títulos, com os clubes amargando imensos prejuízos financeiros, e
porque não dizer moral, estádios com baixa ocupação visto que os verdadeiros
torcedores tem medo de ir aos estádios com suas famílias em virtude das
atitudes de vândalos e de verdadeiros “pitbull’s” travestidos de torcedores.
Quando vimos a final da Copa Libertadores não poder ser realizada
no estádio de um dos clubes devido às atitudes das organizadas, as “barra
bravas” argentinas, achamos que já havíamos chegado ao fim do poço, o que não
se mostrou verdadeiro pois os dirigentes dos dois clubes cariocas, Vasco e
Fluminense se mostraram ainda mais incompetentes.
Que país é esse? já nos perguntava o poeta Renato Russo,
em 1987, nos versos da sua canção, e ele mal sabia o que ainda estava por vir
com os escândalos políticos, financeiros, de gestão (lembrem da Vale e suas
barragens doentes), da incompetência de clubes no trato da sua base e dos
gestores públicos que nada fazem para impedir que possíveis arapucas (como no
caso do Flamengo) mesmo interditadas continuassem a funcionar.
Que país é esse, que permite que dirigentes possam insuflar suas torcidas para
irem à guerra nos estádios quando deveriam ir para ver espetáculo de artistas e
se divertirem?
As palavras do presidente do Fluminense Pedro Abad deixam bem claro a incompetência
e o despreparo para lidar com a paixão que é o futebol em nosso país: “ O
presidente do Fluminense, Pedro Abad, concedeu uma entrevista coletiva para o
fim da tarde deste sábado para se pronunciar sobre a polêmica em relação a que torcida deve ocupar o setor sul
da arquibancada do Maracanã na final da Taça Guanabara entre Vasco e Fluminense, neste
domingo, a partir das 17h; se disse contra a realização do jogo nos moldes
atuais, mas garantiu que o Tricolor jogará a partida e convocou os torcedores tricolores à "guerra", no
sentido de lotar o setor norte para apoiar o time.”
Este dirigente deveria ser banido do esporte pois não tem a menor
condição de comandar os destinos de uma entidade como o Fluminense Football
Club e, na verdade, a própria diretoria deveria pedir o impedimento deste
incendiário e incompetente gestor.
Que país é esse?
Quem souber me diga, por favor!
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@Borba1948
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