Eu já tinha visto alguns vídeos deste rapaz na internet mas não sabia quem era, fora ser militante do MBL.
Hoje, vendo no MSN uma notícia - Caso Ágatha - Quem é o PM que agrediu jovem durante enterro, fiquei surpreso com duas coisas: a primeira pela atitude do soldado PM Gabriel Monteiro em ir fazer live em local impróprio para alguém que defende o confronto da PM com o submundo do crime, visto que os nervos estariam em altíssimo grau; em segundo lugar pela manchete que a Veja proporcionou aos leitores levando a uma interpretação errado do que está no vídeo postado pelo militante policial do MBL.
Houve realmente a agressão mas ela se deu em virtude do entrevistado passar a agredir verbalmente, e com atitudes, alguém que ele sabia quem era, e ele deixa bem claro na entrevista isto, e estupidamente passou a um confronto pessoal e físico.
Não concordo com a agressão mútua, pois os dois estavam fora de contexto, mas uma jornalista tentar vender notícia tendenciosa mostra que ela, pelo menos, faz um jornalismo com viés direcionado, o que me parece não ser o propósito de quem quer informar. Porque a manchete não poderia ser: Caso Ágatha - Policial agride manifestante depois de ter sido molestado e agredido verbalmente. Seria mais profissional e mostraria bem o que realmente ocorreu, embora continuo a afirmar que o policial Monteiro estava em local indevido para fazer uma live acerca do confrontamento de policia e bandido.
A intolerância tornou-se real em nossa sociedade visto que ninguém mais aceita que outrem tenha opinião diferente; a guerra suja entre o banditismo e a ordem, no caso representada pela repressão do estado feita de forma agressiva e contundente, não vai nos levar a nenhum lugar.
Já passou da hora do estado brasileiro formatar políticas de longo prazo para tentar acabar com a guerra que se apresenta em nossas cidades, principalmente no Rio de Janeiro, aonde o tráfico e, pior, as milícias, estão fortemente armadas e confrontam realmente o "status quo", a lei e a ordem, sobrando sempre o pior pedaço para quem só quer saborear uma vida decente e alegre.
A pergunta que fica é porque o governo federal não consegue cumprir com o controle real das fronteiras para poder inibir o contrabando, e a entrada de forma ilícita, dos armamentos que temos visto em mãos de bandidos?
Porque os estados, e os municípios, não conseguem definir uma política real de atendimento e educação adequadas para as comunidades aonde vivem milhões de brasileiros que pagam impostos e tem no estado o seu protetor?
Ficam as perguntas sem resposta porque a única saída que se apresenta, até o momento, é a do confronto, que até não estaria errada se não estivesse sendo realizada em área urbana, com uma população carente de tudo, até de trabalho e políticas sociais, e totalmente desprotegidas, ficando no meio do tiroteio que acontece diuturnamente.
Infelizmente, a curto e médio prazo não vemos saída mas algumas coisas já poderiam ser feitas caso nós brasileiros tivéssemos um congresso que pensasse mais nas necessidades reais do "eleitor", e não nas suas mordomias; não dá para discutir aumento de verba para fundos partidários sabendo que a educação, saúde e segurança estão em patamares tão insignificantes de investimento.
Não elegemos alguém que quer fazer política diferente do que fazia a ORCRIM PT, que nos roubou por tanto tempo, para ficar do mesmo jeito sem perspectivas futuras; bem sabemos que o governo mal começou, afinal são apenas nove meses para tentar desfazer tudo o que foi feito em dezesseis anos, mas a sinalização que temos, no aspecto político, não é das melhores com o governante, não o governo, fazendo acordos espúrios com a mais alta cúpula do judiciário - STF, para livrar seus filhos e apaniguados.
É preciso que seja feita mudança real, no aspecto político, social, educacional, de segurança e, principalmente, de rumo para que tenhamos, realmente, esperança de que o nosso país possa mudar.
Acorda Brasil!
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