terça-feira, 24 de setembro de 2019

A política errada de confronto na segurança

Eu já tinha visto alguns vídeos deste rapaz na internet mas não sabia quem era, fora ser militante do MBL.
Hoje, vendo no MSN uma notícia - Caso Ágatha - Quem é o PM que agrediu jovem durante enterro, fiquei surpreso com duas coisas: a primeira pela atitude do soldado PM Gabriel Monteiro em ir fazer live em local impróprio para alguém que defende o confronto da PM com o submundo do crime, visto que os nervos estariam em altíssimo grau; em segundo lugar pela manchete que a Veja proporcionou aos leitores levando a uma interpretação errado do que está no vídeo postado pelo militante policial do MBL.
Houve realmente a agressão mas ela se deu em virtude do entrevistado passar a agredir verbalmente, e com atitudes, alguém que ele sabia quem era, e ele deixa bem claro na entrevista isto, e estupidamente passou a um confronto pessoal e físico.
Não concordo com a agressão mútua, pois os dois estavam fora de contexto, mas uma jornalista tentar vender notícia tendenciosa mostra que ela, pelo menos, faz um jornalismo com viés direcionado, o que me parece não ser o propósito de quem quer informar. Porque a manchete não poderia ser: Caso Ágatha - Policial agride manifestante depois de ter sido molestado e agredido verbalmente. Seria mais profissional e mostraria bem o que realmente ocorreu, embora continuo a afirmar que o policial Monteiro estava em local indevido para fazer uma live acerca do confrontamento de policia e bandido.
A intolerância tornou-se real em nossa sociedade visto que ninguém mais aceita que outrem tenha opinião diferente; a guerra suja entre o banditismo e a ordem, no caso representada pela repressão do estado feita de forma agressiva e contundente, não vai nos levar a nenhum lugar.
Já passou da hora do estado brasileiro formatar políticas de longo prazo para tentar acabar com a guerra que se apresenta em nossas cidades, principalmente no Rio de Janeiro, aonde o tráfico e, pior, as milícias, estão fortemente armadas e confrontam realmente o "status quo", a lei e a ordem, sobrando sempre o pior pedaço para quem só quer saborear uma vida decente e alegre.
A pergunta que fica é porque o governo federal não consegue cumprir com o controle real das fronteiras para poder inibir o contrabando, e a entrada de forma ilícita, dos armamentos que temos visto em mãos de bandidos?
Porque os estados, e os municípios, não conseguem definir uma política real de atendimento e educação adequadas para as comunidades aonde vivem milhões de brasileiros que pagam impostos e tem no estado o seu protetor?
Ficam as perguntas sem resposta porque a única saída que se apresenta, até o momento, é a do confronto, que até não estaria errada se não estivesse sendo realizada em área urbana, com uma população carente de tudo, até de trabalho e políticas sociais, e totalmente desprotegidas, ficando no meio do tiroteio que acontece diuturnamente.
Infelizmente, a curto e médio prazo não vemos saída mas algumas coisas já poderiam ser feitas caso nós brasileiros tivéssemos um congresso que pensasse mais nas necessidades reais do "eleitor", e não nas suas mordomias; não dá para discutir aumento de verba para fundos partidários sabendo que a educação, saúde e segurança estão em patamares tão insignificantes de investimento.
Não elegemos alguém que quer fazer política diferente do que fazia a ORCRIM PT, que nos roubou por tanto tempo, para ficar do mesmo jeito sem perspectivas futuras; bem sabemos que o governo mal começou, afinal são apenas nove meses para tentar desfazer tudo o que foi feito em dezesseis anos, mas a sinalização que temos, no aspecto político, não é das melhores com o governante, não o governo, fazendo acordos espúrios com a mais alta cúpula do judiciário - STF, para livrar seus filhos e apaniguados.
É preciso que seja feita mudança real, no aspecto político, social, educacional, de segurança e, principalmente, de rumo para que tenhamos, realmente, esperança de que o nosso país possa mudar.
Acorda Brasil!
cecborba@gmail.com
@Borba1948


MSN.COM
Caso Ágatha: Quem é o PM que agrediu jovem durante enterro

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