terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Chico Buarque e a sua defesa do SUS

No caso desta ilustre figura tenho plena certeza de que está a querer confundir os incautos pois nunca o vi reclamando quando governavam seus eleitos da ORCRIM PT.

É interessante este depoimento, correto diga-se de passagem, mas fica a pergunta: porque só agora e depois de 14 anos de governos petistas?

Nos governos do PT a roubalheira imperou, o assalto às finanças da saúde foram realizados sistematicamente, iniciou-se a decadência do sistema SUS com hospitais sem as verbas e quando as tinham eram dilapidadas "e subtraidas em tenebrosas transações" (lembram da letra da samba?).

Será que naquele período ele e os militantes petistas "erravam cegos pelo continente, levavam pedras feito penitentes" sem perceber que a roubalheira ceifava vidas nos hospitais que não recebiam as verbas desviadas?

Mas vamos "acreditar" que eles realmente agora estão a pensar que os larápios anteriores podem ir parar na cadeia por roubarem dos pobres dos contribuintes por tantos e tantos anos.

Eu particularmente não acredito, mas apoio a luta por um SUS melhor e sem roubalheiras.

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O Governo Bolsonaro e a corrupção

 

Impressionante como os políticos, mesmo de partidos diferentes, são todos iguais

Este discurso que sempre foi combatido quando a esquerda esteve no poder, e quando da Lava Jato, de que o indivíduo estava réu e não estava condenado, segue neste governo (ou desgoverno) da mesma forma que sempre condenamos.

Não sei como os apoiadores do PR Bolsonaro vão se portar, mas uma coisa eu tenho certeza: eles sempre foram contra este discurso, votaram no Bolsonaro para combater a corrupção, mesmo porque o candidato Bolsonaro havia prometido convidar o, à época, Juiz Moro para ministro da justiça de forma a manter a pressão no que diz respeito ao combate à corrupção. Simplesmente o defenestrou do governo por receio de concorrência para uma possível eleição esquecendo que no discurso havia uma promessa de cerrado combate à corrupção, isto até que seus fedelhos fossem pegos com as mãos na cumbuca.

O que vemos hoje é um governo sem compromisso com bases anticorrupção, com ministros defendendo e apoiando políticos indefensáveis, corruptos e venais, e fazendo o mesmo discurso que condenavam à época da eleição.

Muito triste vermos que nosso voto foi para manter aquele "status quo", aquela farra corrupta; a pergunta que nos resta fazer é: não temos, nesta legislatura, políticos sérios e comprometidos para ajudar o governo em sua labuta diária para mudar este país?

Quem souber a resposta nos dê pois já não acredito que tenhamos, com este presidente, qualquer avanço na política para que mudanças sejam realizadas e possamos vislumbrar um futuro melhor.

Meu pensar.

@Borba1948

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Falta de oportunidade dos pobres

Que me desculpem os apologistas do racismo: esta matéria nos mostra que o problema de educação e de ascensão para vida melhor é, antes de tudo, problema da pobreza, e lógico, em um país que tem uma população tão grande de negros, ou afrodescendentes, isto acaba se tornando também um problema para este segmento da nossa população.

Posso falar por nós mesmos, 6 filhas/filhos de um motorista de caminhão, sem recursos à disposição, mas com boa base familiar aonde a educação era prioridade, estudando em colégio público, conseguimos nos formar - década dos anos 60/70, com nível superior alguns em faculdades particulares (tínhamos que trabalhar e estudar à noite) mas sem esmorecer.

Sei que muitos que lerem isto poderão não concordar com meu post acerca de não concordar com a apologia do racismo, mas entendo, e já postei muito sobre isto, que nosso problema para ascensão social e econômica passa por um programa sério de investimento, do estado, em educação desde a base até o segundo grau.

Só aí passaremos a dar oportunidade a todos os brasileiros independente de cor ou credo, com políticas de cotas para todos os que vierem oriundos das escolas publicas; o estado precisa realmente se posicionar para que o discurso saia da retórica e passe, realmente, para se tornar política de estado.

Boas escolas, ótima remuneração para os abnegados professores, investimentos sérios na base, e no ensino técnico, para que ao chegar à universidade o aluno possa desempenhar bem o estudo mais específico.

Não é dificil, basta que venhamos a eleger politicos sérios e comprometidos, sem priorizar ideologias, que devem estar no curriculum mas sem que escolas e professores façam apologias, para que os futuros brasileiros possam participar mais e melhor do mundo acadêmico e profissional.
Meu pensar.

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

A educação e o voucher

 

Voucher para educação

Tenho visto, e ouvido, falar muito sobre possível programa de distribuição de voucher pela prefeitura de Salvador, programa este que serviria para diminuir os custos com a educação visto que poderia fechar escolas públicas que custam mais por aluno do que o voucher de R$ 600,00, o que permitiria aos pais escolherem a escola em que seus filhos poderiam estudar. Este programa teria como mola mestra a possibilidade dos pais darem a seus filhos educação escolar em escolas particulares o que, no pensamento do prefeito, seria melhor do que na escola pública. Isto demonstra a total incapacidade do alcaide em cumprir a obrigação de o município dar educação de qualidade.

Em princípio não discordo mas a obrigação do estado é cuidar da educação, dos mais necessitados, até o 2° grau. O correto é dar escola em tempo integral no qual as crianças, e adolescentes, estariam por dois turnos na escola, sendo um turno de estudos e o outro turno de atividades extra-curriculares com educação física obrigatória, atividades educativas e complementares, ensino de línguas, com alimentação entre os dois turnos.

Isto sim seria o correto pois evitaria que as crianças ficassem em seus bairros vagando, visto que pai e mãe precisam trabalhar; criariamos crianças alimentadas e ocupadas com atividades outras.

Dar voucher educação não ajuda em nada na formação da criança, é simplesmente transferir a responsabilidade que é do estado (município) para os pais e em nada ajuda a ter uma criança saudável e alimentada, criança esta que sem alimentação adequada não consegue absorver, todos sabemos, o conhecimento que a escola lhe dá.

Não concordo com este tipo de programa e continuo achando que a educação em primeiro e segundo graus, de obrigação do estado, deve ser de primeira linha como em quase todos os países sérios e que olham para o futuro.

Educação de qualidade é obrigação governamental, da creche ao colegial, e só deveria estudar em escola particular quem não quisesse, pelo motivo que for, que seu filho faça os estudos em escolas públicas.

Meu pensar.

 @Borba1948

quarta-feira, 30 de setembro de 2020

A Educação no Brasil e as ideias de Darcy Ribeiro

Hoje uma das minhas netas me procurou para ajudá-la em um trabalho escolar que tinha como base a educação.

Imediatamente lembrei-me do antropólogo e educador Darcy Ribeiro, secretário de educação nos governos de Leonel Brizola no Rio de Janeiro, ao dar vida à idéia dos CIEPs, Centros Integrados de Educação Pública, que visava nada mais do que dar educação pública com qualidade colocando os alunos em horário integral com atividades de estudo e lúdicas, praticando esportes, artes além de atendimento médico e odontológico.

Uma idéia tão simples, e ao mesmo tempo tão genial para nossa realidade, que bastaria só aos governantes entenderem que educação deveria ser o pilar da nossa sociedade.

Com uma educação de primeira linha ficaria evidente que o povo teria mais consciência, saberia entender a realidade, estaria mais preparado para sua vida e atividade profissional, enfim, daria valor ao conhecimento.

Ao ver o resultado daquela idéía brilhante ficamos frustrados ao ver que não deu certo, que o estudante primário e secundário continua sem acesso a educação básica de qualidade, que não têm outras atividades nas escolas por puro preconceito dos políticos que nunca deram o devido valor à educação em nosso país.

Quando avaliamos o porquê de não ter sido aquela proposta levada avante por outros políticos vamos verificara falta de continuidade, melhor, a falta de um programa real de educação para nossos estudantes; temos tudo para realizar de forma adequada um programa educacional sério e com bases, basta ver os programas que os estados e municípios devem cumprir com carga horária, merenda para os alunos, transporte, etc, mas os larápios do dinheiro público roubam e nada fazem.

Pesquisando, e procurando, os motivos do porque não ter evoluído nacionalmente este programa de escolas públicas em horário integral achamos vários motivos:

- Segundo Sérgio Luiz Carvalho de Aguiar, diretor d um CIEP, o maior problema para o turno integral é a falta de continuidade dos projetos políticos dos governos. "A reforma no prédio ficou tanto tempo parada porque não era uma prioridade para os governos. O turno integral precisa ser um projeto de Estado, separada das vaidades políticas, se não acaba um governo e morre tudo", afirma.

- A professora de pós-graduação da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) Lígia Martha Coelho concorda que o turno integral precisa superar as questões partidárias. "A proposta dos Cieps foi esvaziada porque não houve compromisso de continuidade por parte dos governos que se seguiram", afirma Lígia, que é coordenadora do núcleo de estudos de educação integral da universidade.

- Diretora do Ciep 445 - Miguel de Cervantes, em Itaboraí (RJ), Iara Moraes da Silva, diz que o maior desafio da escola, que não funciona mais com o turno integral, é acabar com o preconceito dos pais e dos próprios alunos com os Cieps. "Nós tivemos de trabalhar muito na comunidade para acabar com o preconceito com o Brizolão (como são chamadas os Cieps no Rio de Janeiro). Os pais não queriam matricular seus filhos porque se criou a imagem de que era uma escola de pobre, de que o horário integral era para atender as crianças que não tinham o que comer em casa, que ficavam na rua."

Vejam o absurdo da realidade do preconceito dos próprios moradores da região, na própria comunidade, de não se sentirem necessitados, eles mesmo preconceituosos com seu status.

Mas o que nos chama a atenção mesmo é a falta de políticas sérias como a má formação dos professores, a falta de planejamento pedagógico adequado, por parte dos municípios, estados e da federação, em que cada um formula suas próprias “políticas” sem que tentem unificar as gestões de uma causa desta importância.

Quando será que veremos políticas públicas sérias, e sem ideologia, mas com objetividade para todos os brasileiros?

Gostaria de saber, realmente, a resposta; é isto o que nos falta.

@Borba1948

terça-feira, 29 de setembro de 2020

Que país é esse?

Triste Brasil
A respeito do momento político que vivenciamos, vendo O Apenado a querer soltar a voz, vendo partidos de esquerda deixando de usar a cor vermelha que sempre foi a cor de fundo da "ideologia", vendo um governo que se diz de direita mas que tem idéias de governo autoritário, enfim, na verdade não sei avaliar o que estamos passando.

Continuo dizendo que ele, O Apenado, é o "Capo di Tutti Capi" da gang que implantou o sistema cleptocrático em nosso país; não que jamais houvera corrupção porém jamais como sistema de governo. Fomos expropriados por governantes que estiveram no comando do país e de alguns estados, nos últimos 20 anos (este governo atual incluso).
Infelizmente nosso sistema está podre, com vereadores, prefeitos, deputados estaduais, governadores, deputados federais e senadores da república, muitos juizes de primeira e segunda instância, muitos desembargadores (estaduais e federais) além de ministros de cortes superiores que se bandearam para o lado negro da força.
Este é o nosso real estado de coisas, um sistema em que a roubalheira se institucionalizou, transformando nosso país nisto que estamos a vivenciar.
Me entristece ver que, em princípio, não temos a médio prazo solução para que isto possa ser revertido. Não temos políticos nos quais possamos apostar nossas fichas neste jogo que, aparentemente, só tem um ganhador, os políticos, e um perdedor, o povo.
Tentamos à direita, à esquerda, centro e todos se mostraram incompetentes para liderar nosso salto qualitativo na educação, na saúde, e na infraestrutura para livrar o povo do desemprego e de qualidade ruim de viver.
Vamos ver o que nos é apresentado para o futuro orando para que uma força superior possa nos abraçar e nos livrar dos maus gestores e ladrões.
@Borba1948

sexta-feira, 17 de julho de 2020

A Bahia, a educação e os analfabetos

A matéria do G1, da Globo, nos informa que 9 em cada 10 baianos acima de 40 anos são analfabetos e 1,5 milhão de pessoas com 15 anos ou mais não sabem ler nem escrever!

Se fizermos as contas vamos ver que na Bahia, já de há muito tempo, os baianos (eleitores) vivem em sua.maioria em currais eleitorais, aonde os "coronéis" cuidam muito bem para que tenham o "gado" à sua disposição.

Novamente, fazendo as contas, vamos lembrar dos mais de 35 anos do carlismo, domínio político de ACM, logo seguido de 16 anos de lulopetismo, portanto isto nos mostra que o problema da Bahia é dos políticos que não querem mesmo, tirar do limbo a população.

Falta saneamento básico - a Bahia tem índices baixíssimos de acesso a esgoto sanitário, sendo que no Nordeste é o estado com pior desempenho, tanto quanto no acesso a água tratada.

Muito precisa mudar, e o pior de tudo isto é que vemos o tempo todo as disputas políticas com todos os vieses - direita, esquerda, centro, sem que queiram solucionar estes problemas.

Porém, o mais importante de todos eles, a educação, nunca foi tratado como prioridade, daí termos este índice alarmante de pessoas analfabetas.

Quando isto será tratado como prioridade?

Vemos todos os candidatos querendo os votos mas não vemos nenhum deles realizar o que precisa ser realizado. A educação básica sempre foi tratada, pelo menos nos últimos 50 anos, de forma a não atender as menores necessidades da população do estado.

Quando ouvimos que 9 entre 10 baianos acima de 40 anos não são alfabetizados nos perguntamos o que este povo fez para sofrer tanto nas mãos de politicos desonestos e corruptos; porquê?

Pobre povo baiano, pobre população que tem 80% de negros sem perspectivas futuras, pobres, "pobres de marré deci" como diz a música infantil que nos quer dizer, literalmente, que são paupérrimos.

Triste, muito triste!

quinta-feira, 2 de julho de 2020

Mais um pensamento sobre educação

Com todo este imbróglio acerca do Ministério da Educação, com todos estes problemas da educação em nosso país, e ao ver que um forte candidato a ser ministro foi reitor do ITA, Instituto tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos (SP), uma das melhores, talvez a melhor escola tecnológica deste país, quiçá da América do Sul, tive a curiosidade de ver como é a escolha de um novo reitor para aquele instituto.

Qual não foi minha surpresa ao ver que em nenhum momento existe a possibilidade de haver uma eleição tendo como base o corpo docente, o corpo discente e os funcionários; a escolha é feita por uma comissão de notáveis, incluso aí ex-reitores, através do Ministério da Defesa (MD) que instaura uma comissão de alto nível a fim de selecionar o novo reitor para, avaliação esta a ser realizado por um comitê de especialistas, nomeado pelo Diretor-Geral do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA).

A seleção dará origem a uma lista tríplice, que será encaminhada ao Comandante da Aeronáutica que, após sua validação, será submetida ao Ministro da Defesa. Podem se candidatar ao cargo aqueles que atendam aos seguintes requisitos básicos:
• Formação acadêmica de alto nível, experiência técnico-científica e competência profissional nas áreas de atuação do ITA, demonstradas no curriculum vitae;
• Experiência gerencial e administrativa envolvendo atividades de relacionamento com instituições de ensino superior, de pesquisa, desenvolvimento e de fomento, do Governo e da sociedade em geral;
• Notoriedade junto às comunidades acadêmica, científica ou tecnológica;
• Entendimento e comprometimento com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) do ITA, seus complementos e outros documentos disponibilizados pelo ITA, com o Plano Setorial do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e com a Política de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Comando da Aeronáutica (COMAER);
• Visão de futuro voltada para as áreas de atuação do ITA;
• Capacidade de liderança para motivar os corpos docente e discente e os demais servidores e colaboradores do ITA; e
• Competência para propor soluções e capacidade para enfrentar desafios e superar obstáculos com o objetivo de fortalecer a atuação do ITA.

Essa comissão buscará identificar, dentre os membros das comunidades científica, tecnológica e empresarial, nomes que se identifiquem com as diretrizes técnicas e político-administrativas estabelecidas para o ITA.

Porque então temos que ter em nossas universidades públicas arremedos de eleição popular para ocuparem cargos tão importantes e altamente técnicos no quesito da educação, pesquisa e gestão com alunos e funcionários tentando eleger reitores que podem não preencher os requisitos mais importantes mas preenchem requisitos de ideologia?

Será que é por isto que os orçamentos das nossas universidades tem sido comprometidos, em sua quase totalidade, com pagamento da folha de pessoal e benefícios muito além dos que se deve ter?

A única ideologia que cabe em uma universidade é a da educação, conhecimento, pesquisa e gestão pois, afinal, o reitor e seus diretores têm a obrigação de preparar o alunato para que sejam as cabeças pensantes do futuro do país.

Quem sabe o novo ministro da educação que vier comece a pensar, seriamente, que universidade não seja lugar de experimentos só ideológicos mas sim em benefício real do alunato e da sociedade.

Quem sabe!

Acorda Brasil!

@Borba1948