sábado, 28 de maio de 2022

Um sábado para não esquecer com Migão

Sábado, 28/05, pela manhã, por volta das 07:30 recebo uma mensagem de meu neto Matheus, que chamo de Migão, 12 anos, pedindo para ver comigo o jogo da final da Champions 2022, Real Madrid X Liverpool no cinema.

Lógico que dei ok e fiquei de buscá-lo às 14:30 para poder dar tempo de comprar os ingressos e buscar os dois amigos que iriam conosco.

Ao saber da programação Lourdes, pediu para ir conosco ao shopping porque enquanto víamos o jogo ela estaria a passear e talvez fazer compras no shopping.

Tudo certo, vamos para a casa de Migão buscar ele e os amigos, mas ao chegar lá os amigos desistiram e só fomos nós.

Partimos para o shopping BelaVista, deixamos Lourdes e fomos comprar os ingressos para assistir ao jogo.

Ledo engano!

Quando chegamos na bilheteria fomos avisados que naquele cinema não passaria o jogo! Como é que eu não vi qual seria o shopping certo?

Acessamos a internet e verificamos que seria em outro shopping, o Salvador, corremos, ligamos para Lourdes avisando do erro, marcamos no estacionamento, tudo isto já às 15:10, lembrando que o jogo estava marcado para iniciar às 15:30; ainda teríamos que ir para o Shopping Salvador, distante mais ou menos uns 15/20 minutos dali.

Corremos, subimos para o nível dos cinemas e...........

Esqueci a carteira no carro!

Descemos no mesmo elevador, peguei a carteira e, ufa, subimos. Ao chegarmos na bilheteria tivemos a grande surpresa: já estavam esgotados os ingressos!

Sem chance de assistir ao jogo no cinema. Argh!

Restava a possibilidade de irmos para casa e assistir na TV mas, para não perder a viagem, e sem querer atrapalhar os planos da Lourdes de passear no shopping, resolvemos então ver Top Gun Maverick.

Assistimos numa boa, marcamos eu e Migão para assistir em casa o primeiro filme - lógico que ainda tenho em DVD, de forma que ele pudesse entender toda a história, desde o primeiro filme.

Ao sair do sala do cinema descobrimos que o jogo ainda estava acontecendo, no minuto 60 e estava 0 X 0; ligamos para Lourdes nos encontrar e saímos correndo do shopping para tentar ver em casa o final - demoraria uns quinze minutos para chegarmos.

Chegamos no prédio, pegamos o elevador que estava lotado (sempre assim), iria parar em três andares antes de chegar ao nosso, e ao parar no décimo andar não foi possível abrir a porta porque parou desnivelado. Tentamos outro andar e nada.

Tivemos que descer, até o térreo, e jogo rolando, e já no 80° minuto (que aflição para saber se ainda iriamos ver o final do jogo) subimos de novo e, mais uma vez, o elevador parou novamente desnivelado; puro sufoco, e o jogo rolando.

Conseguimos fazer o elevador subir até nosso andar, corremos para ligar tv e, enfim, conseguimos ver os últimos cinco minutos mais os outros cinco minutos dados de acréscimos para ter a certeza de que o Real Madrid seria o vencedor da Champions 2022.

Que sufoco!

@Borba1948

domingo, 22 de maio de 2022

Políticos e “políticos” - suas moradias


Esta semana ao ler na imprensa que o Réu Luis Inácio, após seu casamento, não irá morar em seu apartamento e sim em uma residência alugada pela bagatela de vinte mil reais, na região de um dos mais caros bairros de SP, Alto de Pinheiros, uma casa com quatro suítes, piscina, sala de ginástica, enfim com todo o conforto que alguém de sucesso merece, logo me veio à mente uma mensagem dada por ele, o Réu, há cerca do um mês atrás, de que “nós temos uma classe média brasileira que ostenta um padrão de vida que em nenhum lugar do mundo a classe média tem (?)!” e, pior, “ainda diz que precisaríamos ter uma aula sobre o que é necessário para sobreviver, tem um limite para me satisfazer como ser humano”,  e um monte de asneiras do tipo “para que ter mais de um celular, para que ter uma televisão em cada cômodo e não só uma televisão na sala”, enfim, fala este monte de asneiras e quando vai morar resolve fazê-lo em uma mansão de quatro suítes, e um total de oito banheiros, com sala de ginástica e piscina. Nada contra que ele more com extremo conforto, afinal ele merece porque venceu na vida, tornou-se presidente de uma das maiores nações do mundo pelo voto popular, mais do que legitimado, mas não consigo entender porque prega estas falácias e mentiras se ele mesmo não as aceita.

Mais uma vez isto nos mostra o quanto nossos políticos estão fora da realidade!

Temos um presidente que, para o povão, vai comer pastel e/ou frango a passarinho com farofa na feira livre mas não abre seus gastos com o cartão corporativo porque esconde a realidade das suas despesas para que ninguém saiba o que ele faz verdadeiramente na surdina, e um candidato que manda a classe média não viver com excelente conforto mas, na hora de morar o faz como qualquer ser humano que quer ter conforto. Nada tenho contra ele morar bem e confortavelmente, mas não aceito, jamais, que ele pregue que eu tenha que ser um sem ambição, no que de melhor esta palavra pode expressar, e que não possa morar com o conforto que eu, com meu trabalho, conquistei.

O Réu Luis Inácio prega para os mais pobres, desesperados e necessitados, e para uma classe média ávida para voltar a ter seu poder de compra resgatado, exatamente para usufruir de bens confortáveis como mais de uma tv em casa, mais de um celular na família, mais ganhos para poder comer melhor e curtir a vida. Estes mesmos, o famoso “povão” acabam o elegendo mas sabem, com certeza, de que ele na verdade não os representa pois não passa de um falador mais propenso a ser um caudilho e, lá na frente se oportunidade tiver, um ditadorzinho socialista de “meia-tigela”, como diriam meus pais e avós.

Triste para nós brasileiros, não termos a possibilidade real de poder optar por quem mais possa nos representar, não nas vontades individuais dos políticos, mas no mínimo do que necessitamos, um governante sério que não seja histriônico tentando ser o centro das atenções e, pior, tentando enganar a quem não tem mais opções por desespero ou mesmo miséria; alguns outros não se enganam, é claro, porque vêm neste comportamento, e atitudes, uma forma de também se locupletarem visto que eles também não se preocupam com os mais necessitados mas sim somente com seus interesses escusos e pouco patriotas.

Ao ouvir a fala idiota do Réu Luis Inácio pregando total desapego a bens materiais, tal qual um Frei Franciscano, me perguntei se ele teria feito um voto de pobreza, não extrema como os franciscanos, mas se ele teria realmente compreendido quais são as necessidades básicas que um brasileiro precisa ter e que o governante Luis Inácio as compreendia e que iria transformar a vida dos seus pares com investimento em saúde, educação e saneamento para todos; isto eu não ouvi! Me senti um verdadeiro ET, por não saber o que, na realidade ele queria dizer com aquelas palavras.

De todos os que hoje pelejam para conquistar a cadeira de presidente, me parece que o mais preparado poderia ser o Ciro Gomes, mas só o vejo como um grosseiro ditador de idéias e atitudes, aquele que não aceita que outros possam ter ideias diferentes das suas, um verdadeiro “coronel”; tampouco posso ver no Dória, um político que possa nos liderar em um governo para o futuro visto suas atitudes como governador do mais importante estado brasileiro, aonde menos fez política e mais partiu para confrontos desgastantes com o presidente para poder continuar na mídia, embora tenha feito um excelente trabalho para ajudar na contenção da pandemia.

Fora estes senhores, nos quais não pretendo votar, acho que só podemos pensar para o futuro, se em seu segundo mandato mantiver as atitudes administrativas e políticas que vem mantendo até agora, no atual governador de MG, o Romeu Zema.

Aliás, diferentemente do Réu Luis Inácio, ele, o governador Zema, abandonou o palácio da Liberdade como moradia, o transformou em um museu, liberou os funcionários deixando de ter serviçais, tal qual um imperador, e foi morar em uma casa alugada por ele sem maiores despesas para o seu estado. Quem sabe não deveria ser um exemplo a ser seguido por todos os outros governadores que, na verdade, mais parecem reis com seus palácios e serviçais enquanto o povo passa fome.

Pobres brasileiros!

Pobre Brasil!

@Borba1948

terça-feira, 17 de maio de 2022

Não basta ser honesto

 

Nossa política, a cada dia que passa, mais afunda e chafurda na lama da corrupção, da rapinagem e da prevaricação. Nossos políticos não têm, hoje, a menor vergonha em ter em seus currículos uma passagem pela justiça, seja ela como réus ou como apenados mesmo.

Vejamos que o hoje Réu Luis Inácio, capo da ORCRIM PT, não tem o menor pudor em seus discursos de falar que o brasileiro está pobre, depauperado e ao mesmo tempo não se envergonha de esbanjar em um casamento que consome valores absurdos para um país no qual ele se diz envergonhado por ter seus compatriotas sem ter o que comer.

É claro que não sou contra festa de casamento, pelo contrário, quem pode gastar que o faça, mas sabemos todos que os nubentes não são ricos o suficiente para bancarem o regabofe que hora vamos presenciar: de onde virá a verba para aquela festança? Na verdade, como pode ser visto na internet tanto o noivo quanto a noiva têm alguns processos de cobrança pela receita federal e simplesmente não pagam e, pior, não assinam o recebimento das intimações.

Neste assunto, rapinagem do dinheiro público, como se já não bastasse tudo o que vimos nos perdidos anos de governo petista como o mensalão, o petrolão, caixa dois, enfim, corrupção à vontade e crimes à rodo que foram abonados pela nossa corte maior, o STF, vemos agora a possibilidade de ter quase um indulto dado a este senhor visto que seus processos foram determinados a reiniciar em primeira instância o que pode levar a uma prescrição devido à idade do réu, mais de 70 anos, o que já leva a redução à metade das penas que porventura a ele fossem impostas, além de acelerar os prazos o que dificulta em muito, visto a morosidade e aos recursos aplicáveis na esfera judicial brasileira.

Nesta semana, como se já não bastasse isto, vimos o TJRJ dar aval aos crimes praticados pela ORCRIM da família Bolsonaro, capitaneada pelo filho 01, o senador Flávio Bolsonaro que teve seu processo sobre a famosa rachadinha, quando o mesmo era deputado estadual na ALERJ-RJ (outro antro de rapinagem oficial) porque em instância superior tanto o STJ já havia se posicionado contra as provas apresentadas alegando que o juiz de primeira instância prevaricou usando provas indevidas como o STF também já se pronunciara para manter o famigerado foro privilegiado do senador, e meliante, Flávio Bolsonaro.

Lembra alguma coisa parecida com as alegações dos advogados do Réu Luis Inácio que foram acatadas pelo STF; o que será que os petistas vão falar agora? Ficaram em uma saia justa e não vão poder gritar porque o aparente o acordo no STF foi para liberar os dois – o capo da ORCRIM PT e o sub capo da ORCRIM Família Bolsonaro. Só para recordar alegaram, no caso do Réu Luis Inácio que o juiz Sérgio Moro prevaricou e deu sentenças políticas, anularam as sentenças e devolveram à primeira instância os processos e no caso, do sub-capo da ORCRIM Família Bolsonaro, Flávio Bolsonaro, alegaram que o mesmo teria foro privilegiado e não poderia ser julgado pelas instâncias inferiores.

O que o TJRJ fez foi aceitar todos estes argumentos e simplesmente anulou todo o processo contra o filho 01 deixando o MPRJ a cavalheiro para reiniciar todo o processo; como diria o ex âncora do SBT, Boris Casoy, “UMA VERGONHA!”.

Este é o nosso Brasil, o nosso judiciário, e a certeza de que aqueles que tem excelente rol de amigos na justiça e dinheiro para pagar excelentes advogados, podem realmente se sentir como uma casta superior nesta Índia subtropical.

Isto me faz lembrar o porquê do título que foi condensado – “Não basta ser honesto”: lá na Roma do imperador absoluto César Augusto, em uma festa só para mulheres pegaram um romano que entrara na festa vestido de mulher para tentar seduzir a sua esposa Pompeia e, embora não tenha havido provas concretas, o Imperador teria proferido a célebre frase que “À mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta”.

Isto tem tudo a ver com os nossos políticos que deveriam se espelhar nestas sábias palavras e mostrarem, antes de tudo, que além de serem honestos precisam muito parecer honestos e, para tanto, deveriam cuidar da coisa pública com esmero, zelo e desvelo por tudo o que seja público, desde as verbas e até ao uso do verbo ao falarem.

Não só os políticos deveriam ter zelo ao falar, mas principalmente nossos ministros da corte maior, o STF, que deveriam usar a lógica que regula todo e qualquer processo de que só devem se “pronunciar nos autos” evitando a exposição que hoje têm na mídia e, dessa forma, evitariam toda esta polêmica que hoje vemos na mídia.

Como precisa mudar nosso Brasil!

Como, a cada dia que passa, mais precisamos saber eleger quem vai nos representar nos vários níveis de legislativo que temos, desde a vereança, passando pelas assembleias estaduais até a câmara maior, a federal.

Muda Brasil!

@Borba1948

ceborba.blogspot.com

sábado, 14 de maio de 2022

Racismo e intolerância

 

Quanta sandice!

Ao ler, hoje, uma matéria na internet, “Jantar de gala em Paris para comemorar Independência do Brasil gera indignação”, no qual dois membros de pequeno grupo que protestava pacificamente em frente ao hotel conseguiram ter acesso ao salão Opéra, onde aconteceu o coquetel. Elas questionaram o embaixador sobre o porquê de se comemorar o bicentenário da Independência (em 7 de setembro de 1822) no dia da Abolição da Escravatura (com a Lei Áurea, em 13 de maio de 1888) em uma festa em que só havia pessoas brancas.”

Até quando teremos, nós brasileiros, esta divisão entre "eles e nós" que se iniciou nos governos do PT?

Esta postura diversionária nada mais é do que a cartilha da esquerda para dividir e, em seguida, poder assumir aquilo que foi desmontado na estrutura social e política de um país.

Até quando?

Ainda vamos sofrer demais por conta desta posição que só atende a interesses pequenos e que não olha para o todo só para o que lhes interessa.

Em seu livro, Racismo Estrutural, Sílvio Almeida, no capítulo “Branco tem raça”? escreve: “Assim como o privilégio faz de alguém branco, são as desvantagens sociais e as circunstâncias histórico-culturais, e não somente a cor da pele ou o formato do rosto, que fazem de alguém negro. Características físicas ou práticas culturais são apenas dispositivos materiais de classificação racial que fazem incidir o mecanismo de distribuição de privilégios e de desvantagens políticas, econômicas e afetivas.”

Por mais que eu queira entender, e faço uma força imensa para isso, não consigo; no texto o embaixador pergunta porque não havia nenhum negro para questionar - "A senhora venha da próxima vez com um afrodescendente. Venha à Embaixada e vamos conversar sobre isso, mas venha com um afrodescendente. Não sei se a senhora sabe, mas o meu bisavô foi abolicionista", encerrou Serra".

Lógico que acho termos uma dívida com a população que foi escravizada, visto que a pretensa liberdade dada aos escravos não foi seguida de políticas para inseri-los no ambiente laboral, tampouco no ambiente social, embora alguns tenham conseguido, por seus próprios meios e esforços, mas a grande maioria, por todos os motivos possíveis, e imaginários, não tenha conseguido ser inserida.

Demérito? Não, mas, infelizmente, estatisticamente fica provado que, em qualquer atividade, só uma pequena minoria consegue alcançar os níveis superiores de sucesso com a grande maioria ficando em níveis de normalidade; isto serve, na verdade, de uma forma um tanto quanto obtusa de analisar, concordo, mas os que se mostraram determinados conseguiram se superar e alcançar sucesso.

É bem mais verdade que a falta de instrumentos de políticas públicas voltadas a educação, e ao ambiente de trabalho, acabou por criar guetos de pobres que em sua grande maioria são de pretos e pardos, o que acabou por levar estes pobres à marginalidade afastando-os da possibilidade de alcançar sucesso e independência, o que não é bom de forma nenhuma.

Infelizmente ainda vamos, por um longo tempo, ter este tipo de discussão, conviver com este tema, o que sob certo aspecto é muito bom visto que não podemos deixar que isto seja esquecido e que tenhamos, em nossa sociedade, formas de discriminar pessoas por sua cor, credo posição social, mas é um tema ainda muito caro em todos os aspectos.

Quiçá, eu ainda vivo, um dia, possa ver meus netos não mais discutindo este tema mas convivendo, em harmonia total, todo o povo do mundo sem segregação e distinção de cor.

@Borba1948