Nossa política, a cada dia que passa, mais afunda e chafurda na lama da corrupção, da rapinagem e da prevaricação. Nossos políticos não têm, hoje, a menor vergonha em ter em seus currículos uma passagem pela justiça, seja ela como réus ou como apenados mesmo.
Vejamos que o hoje Réu Luis Inácio, capo da ORCRIM PT, não
tem o menor pudor em seus discursos de falar que o brasileiro está pobre,
depauperado e ao mesmo tempo não se envergonha de esbanjar em um casamento que
consome valores absurdos para um país no qual ele se diz envergonhado por ter seus
compatriotas sem ter o que comer.
É claro que não sou contra festa de casamento, pelo
contrário, quem pode gastar que o faça, mas sabemos todos que os nubentes não são
ricos o suficiente para bancarem o regabofe que hora vamos presenciar: de onde
virá a verba para aquela festança? Na verdade, como pode ser visto na internet
tanto o noivo quanto a noiva têm alguns processos de cobrança pela receita
federal e simplesmente não pagam e, pior, não assinam o recebimento das
intimações.
Neste assunto, rapinagem do dinheiro público, como se já não
bastasse tudo o que vimos nos perdidos anos de governo petista como o mensalão,
o petrolão, caixa dois, enfim, corrupção à vontade e crimes à rodo que foram
abonados pela nossa corte maior, o STF, vemos agora a possibilidade de ter
quase um indulto dado a este senhor visto que seus processos foram determinados
a reiniciar em primeira instância o que pode levar a uma prescrição devido à
idade do réu, mais de 70 anos, o que já leva a redução à metade das penas que
porventura a ele fossem impostas, além de acelerar os prazos o que dificulta em
muito, visto a morosidade e aos recursos aplicáveis na esfera judicial
brasileira.
Nesta semana, como se já não bastasse isto, vimos o TJRJ dar
aval aos crimes praticados pela ORCRIM da família Bolsonaro, capitaneada pelo filho
01, o senador Flávio Bolsonaro que teve seu processo sobre a famosa rachadinha,
quando o mesmo era deputado estadual na ALERJ-RJ (outro antro de rapinagem
oficial) porque em instância superior tanto o STJ já havia se posicionado
contra as provas apresentadas alegando que o juiz de primeira instância
prevaricou usando provas indevidas como o STF também já se pronunciara para manter
o famigerado foro privilegiado do senador, e meliante, Flávio Bolsonaro.
Lembra alguma coisa parecida com as alegações dos advogados
do Réu Luis Inácio que foram acatadas pelo STF; o que será que os petistas vão
falar agora? Ficaram em uma saia justa e não vão poder gritar porque o aparente
o acordo no STF foi para liberar os dois – o capo da ORCRIM PT e o sub capo da
ORCRIM Família Bolsonaro. Só para recordar alegaram, no caso do Réu Luis Inácio
que o juiz Sérgio Moro prevaricou e deu sentenças políticas, anularam as
sentenças e devolveram à primeira instância os processos e no caso, do sub-capo
da ORCRIM Família Bolsonaro, Flávio Bolsonaro, alegaram que o mesmo teria foro
privilegiado e não poderia ser julgado pelas instâncias inferiores.
O que o TJRJ fez foi aceitar todos estes argumentos e
simplesmente anulou todo o processo contra o filho 01 deixando o MPRJ a
cavalheiro para reiniciar todo o processo; como diria o ex âncora do SBT, Boris
Casoy, “UMA VERGONHA!”.
Este é o nosso Brasil, o nosso judiciário, e a certeza de
que aqueles que tem excelente rol de amigos na justiça e dinheiro para pagar
excelentes advogados, podem realmente se sentir como uma casta superior nesta Índia
subtropical.
Isto me faz lembrar o porquê do título que foi condensado – “Não
basta ser honesto”: lá na Roma do imperador absoluto César Augusto, em uma
festa só para mulheres pegaram um romano que entrara na festa vestido de mulher
para tentar seduzir a sua esposa Pompeia e, embora não tenha havido provas concretas, o Imperador teria
proferido a célebre frase que “À mulher de César não basta ser honesta, deve
parecer honesta”.
Isto tem tudo a ver com os nossos políticos que deveriam se
espelhar nestas sábias palavras e mostrarem, antes de tudo, que além de serem
honestos precisam muito parecer honestos e, para tanto, deveriam cuidar da coisa
pública com esmero, zelo e desvelo por tudo o que seja público, desde as verbas
e até ao uso do verbo ao falarem.
Não só os políticos deveriam ter zelo ao falar, mas
principalmente nossos ministros da corte maior, o STF, que deveriam usar a
lógica que regula todo e qualquer processo de que só devem se “pronunciar nos
autos” evitando a exposição que hoje têm na mídia e, dessa forma, evitariam
toda esta polêmica que hoje vemos na mídia.
Como precisa mudar nosso Brasil!
Como, a cada dia que passa, mais precisamos saber eleger quem
vai nos representar nos vários níveis de legislativo que temos, desde a
vereança, passando pelas assembleias estaduais até a câmara maior, a federal.
Muda Brasil!
@Borba1948
ceborba.blogspot.com
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