terça-feira, 17 de maio de 2022

Não basta ser honesto

 

Nossa política, a cada dia que passa, mais afunda e chafurda na lama da corrupção, da rapinagem e da prevaricação. Nossos políticos não têm, hoje, a menor vergonha em ter em seus currículos uma passagem pela justiça, seja ela como réus ou como apenados mesmo.

Vejamos que o hoje Réu Luis Inácio, capo da ORCRIM PT, não tem o menor pudor em seus discursos de falar que o brasileiro está pobre, depauperado e ao mesmo tempo não se envergonha de esbanjar em um casamento que consome valores absurdos para um país no qual ele se diz envergonhado por ter seus compatriotas sem ter o que comer.

É claro que não sou contra festa de casamento, pelo contrário, quem pode gastar que o faça, mas sabemos todos que os nubentes não são ricos o suficiente para bancarem o regabofe que hora vamos presenciar: de onde virá a verba para aquela festança? Na verdade, como pode ser visto na internet tanto o noivo quanto a noiva têm alguns processos de cobrança pela receita federal e simplesmente não pagam e, pior, não assinam o recebimento das intimações.

Neste assunto, rapinagem do dinheiro público, como se já não bastasse tudo o que vimos nos perdidos anos de governo petista como o mensalão, o petrolão, caixa dois, enfim, corrupção à vontade e crimes à rodo que foram abonados pela nossa corte maior, o STF, vemos agora a possibilidade de ter quase um indulto dado a este senhor visto que seus processos foram determinados a reiniciar em primeira instância o que pode levar a uma prescrição devido à idade do réu, mais de 70 anos, o que já leva a redução à metade das penas que porventura a ele fossem impostas, além de acelerar os prazos o que dificulta em muito, visto a morosidade e aos recursos aplicáveis na esfera judicial brasileira.

Nesta semana, como se já não bastasse isto, vimos o TJRJ dar aval aos crimes praticados pela ORCRIM da família Bolsonaro, capitaneada pelo filho 01, o senador Flávio Bolsonaro que teve seu processo sobre a famosa rachadinha, quando o mesmo era deputado estadual na ALERJ-RJ (outro antro de rapinagem oficial) porque em instância superior tanto o STJ já havia se posicionado contra as provas apresentadas alegando que o juiz de primeira instância prevaricou usando provas indevidas como o STF também já se pronunciara para manter o famigerado foro privilegiado do senador, e meliante, Flávio Bolsonaro.

Lembra alguma coisa parecida com as alegações dos advogados do Réu Luis Inácio que foram acatadas pelo STF; o que será que os petistas vão falar agora? Ficaram em uma saia justa e não vão poder gritar porque o aparente o acordo no STF foi para liberar os dois – o capo da ORCRIM PT e o sub capo da ORCRIM Família Bolsonaro. Só para recordar alegaram, no caso do Réu Luis Inácio que o juiz Sérgio Moro prevaricou e deu sentenças políticas, anularam as sentenças e devolveram à primeira instância os processos e no caso, do sub-capo da ORCRIM Família Bolsonaro, Flávio Bolsonaro, alegaram que o mesmo teria foro privilegiado e não poderia ser julgado pelas instâncias inferiores.

O que o TJRJ fez foi aceitar todos estes argumentos e simplesmente anulou todo o processo contra o filho 01 deixando o MPRJ a cavalheiro para reiniciar todo o processo; como diria o ex âncora do SBT, Boris Casoy, “UMA VERGONHA!”.

Este é o nosso Brasil, o nosso judiciário, e a certeza de que aqueles que tem excelente rol de amigos na justiça e dinheiro para pagar excelentes advogados, podem realmente se sentir como uma casta superior nesta Índia subtropical.

Isto me faz lembrar o porquê do título que foi condensado – “Não basta ser honesto”: lá na Roma do imperador absoluto César Augusto, em uma festa só para mulheres pegaram um romano que entrara na festa vestido de mulher para tentar seduzir a sua esposa Pompeia e, embora não tenha havido provas concretas, o Imperador teria proferido a célebre frase que “À mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta”.

Isto tem tudo a ver com os nossos políticos que deveriam se espelhar nestas sábias palavras e mostrarem, antes de tudo, que além de serem honestos precisam muito parecer honestos e, para tanto, deveriam cuidar da coisa pública com esmero, zelo e desvelo por tudo o que seja público, desde as verbas e até ao uso do verbo ao falarem.

Não só os políticos deveriam ter zelo ao falar, mas principalmente nossos ministros da corte maior, o STF, que deveriam usar a lógica que regula todo e qualquer processo de que só devem se “pronunciar nos autos” evitando a exposição que hoje têm na mídia e, dessa forma, evitariam toda esta polêmica que hoje vemos na mídia.

Como precisa mudar nosso Brasil!

Como, a cada dia que passa, mais precisamos saber eleger quem vai nos representar nos vários níveis de legislativo que temos, desde a vereança, passando pelas assembleias estaduais até a câmara maior, a federal.

Muda Brasil!

@Borba1948

ceborba.blogspot.com

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