quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Viagem ao Vale do Capão - 23.01

Senta que lá vem história!

Tudo começou em 2012, um convite de nossa filha Mabile para irmos, eu e Lourdes, passar o Carnaval em Lençóis, na Chapada Diamantina com ela e as netas Manuela e Giovanna.

Fizemos uma viagem tranquila, estrada ainda boa, com alguns  buraquinhos mas nada que nos preocupasse.

Para irmos escutando músicas - naquela época ainda ouvíamos música no carro com CD, não estavam disponíveis em larga escala os app's de áudio em streaming, e lembro que levei um CD que tinha o samba enredo da Mangueira - Vou Festejar! Sou Cacique, Sou Mangueira, música que mangueirense como eu curtia demais. Tocou tanto que já em Lençóis ninguém queria mais ouvir o samba enredo e, lógico, eu já sabia de cor!

Ficamos no hotel em Lençóis, bom hotel com apartamentos em chalés, boa hospedagem, café da manhã de ótima qualidade, enfim tudo dentro do esperado.

Começamos a curtir aquele que seria nosso destino de curtição em 2023, que é aonde quero situar esta resenha.

Saímos várias vezes curtindo as trilhas, que nossa guia, Mabile, lógico, já conhecia por frequentar há algum tempo a Chapada com seu marido Weider e por lá trilhavam e curtiam a Chapada.

Já faz tanto tempo que não me lembro das trilhas que fizemos mas curtimos demais os passeios principalmente no Pai Inácio, nas cavernas - que Lourdes até hoje afirma que nunca mais entra em caverna, no Lago Azul, enfim, aquela viagem daria um livro de recordações e aventuras nas quais fomos apresentados ao Vale do Capão; acesso naquela época difícil, o Corolla batendo, por ser baixo, na estrada de terra e cascalho.

Pura aventura!

Voltando para os dias de hoje, janeiro 2023, mais um convite para irmos novamente para a Chapada, em nossa terceira ida porque já havíamos retornado para conhecer o empreendimento no qual se envolveram Mabile e Weider.

Na segunda aventura, vale aqui ressaltar o que sobrou de mim: uma concussão no Cox, com fissura, devido a um tombo no limo das pedras, na trilha da Cachoeira dos Patos, que nos levava para as corredeiras e bacias do rio para banhos reconfortantes.

Qual não foi que agora nos convocaram novamente para ir curtir o Vale do Capão e conhecer o empreendimento já concluído, com algumas coisinhas ainda por fazer mas já em funcionamento.

A Casa Passarinho!

Que localização!

Bem perto da Vila, acho que no máximo uns 600 metros, a uns 350 metros da entrada da trilha da Cachoeira da Fumaça, fácil de achar e de circular.

Cabe aqui uma pausa para completar esta resenha.

Não pude ir com Mabile, Lourdes, as netas Manu e Nanna, com seu namoradinho Bernardo, o Bê, a tiracolo e com Paula, André e Migão (lógico que não o chamo pelo nome - Matheus porque tem uma lógica que todos da família sabem), Camilinha, Weider e Enzo. Ufa, quase sem fôlego por listar todos que se aventuraram a conhecer a Casa Passarinho já pronta.

Não fui com eles porque tinha um compromisso em SP, reunião de vendas com uma empresa que representamos aqui na Bahia, reunião essa realizada em um hotel fazenda na Serra da Mantiqueira, em Mairiporã. Puro verde com rio e lago para diversão. 

No retorno, chegando em Salvador às 18:45, me aguardava o início da aventura de ir para o Vale do Capão. Passagem comprada de buzu, encarando 8 horas de viagem em ônibus executivo (não tinha disponibilidade de leito), parada de lanche em Itaberaba, por volta das 03:30 da manhã.

Um desastre!

Um local, posso até dizer insalubre, banheiro fétido, sem nada apetitoso para comer - parecia que tudo lá estava há mais de um dia disponível para consumo além de um café intragável, requentado a noite toda. Argh!

No início da viagem, uma passageira no banco ao lado do qual eu viajava, falava alto ao telefone,  contando uma história na qual ela dizia que teve que beijar a força alguém que não se decidia (e falam que assédio é só de homem para mulher), eu quereno (não, não escrevi errado pois na Bahia não se fala querendo, é "quereno" mesmo!), rir mas não devia por estar tão próximo. Esta mesma pessoa, acabou falando que na parte inferior do ônibus de dois andares tinha gente reclamando das baratinhas que circulavam querendo chegar em Lençóis, ou Palmeiras, enfim, querendo ir passear na Chapada!

Enfim, chegamos em Palmeiras por volta das 06:50 e lá estavam Mabile e Weider me esperando. 

Na Casa Passarinho já estavam todos os outros "hóspedes" completando a turma que queria curtir o Capão, alguns já cansados das trilhas, já com sequelas; Migão reclamando de uma topada e de dor no pé. Afinal já estavam três dias por lá e retornariam no dia seguinte, segunda feira.

Foram momentos muito alegres, karaokê rolando na área, o genro André soltando a voz em dupla com Weider, muita cerveja rolando depois que vieram da trilha, Paula reclamando da internet que não conseguia trabalhar - é, foi para o Capão fazer trilha mas tinha trabalho, e descanso para quem já iria viajar no dia seguinte.

Esta viagem me marcou bastante porque vi que o espírito empreendedor de Mabile e Weider resultou em um espaço maravilhoso, uma casa de hospedagem - me recuso a chamar de pousada porque é tudo tão criativo e acolhedor, que se parece mais para quem vai curtir a estadia até a casa do parente mais próximo.

Curti muito e vou voltar muitas vezes para sentir o acolhimento, aquele friozinho, e curtir a vida na Vila do Capão embora tenha tido, neste fim e início de semana uma overdose de verde!

Afinal sou urbano de natureza e por convicção. 

Nesta viagem sentimos demais a falta de Caca, Gustavo, Chicão e Bebel para completar com chave de ouro a aventura Capão 2023; com certeza Bebel iria adorar o espaço.

@Borba1948 

ceborba.blogspot.com

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